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Servidores do INSS continuam em greve

Redação - Folha do Paraná
13 ago 2001 às 18:15

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Diariamente, cerca de cinco mil pessoas estão ficando sem atendimento nas agências do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) no Paraná por conta da greve que já dura uma semana. Segundo a assessoria de imprensa do INSS, nesta segunda-feira, 26 das 40 agências do Estado fecharam suas portas, com adesão de 40% dos 1.650 funcionários. Em Curitiba, a greve atinge 100% das agências. A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social (CNTSS) calcula que 80% das agências de todo País já aderiram à paralisação.

As agências do INSS no Paraná que aderiram ao movimento estão atendendo apenas desbloqueios de pagamento e renovação de procurações. A assessoria informou que as pessoas não vão deixar de receber os benefícios, entretanto, não conseguirão dar entrada a novos processos. Na Capital, somente a agência XV de Novembro estava atendendo, até ontem, as perícias médicas pré-agendadas para dar entrada no "auxílio doença".

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Nesta terça-feira, funcionários do INSS na Capital realizarão assembléia para decidir participação na manifestação programada para quarta-feira, que pretende reunir todos servidores públicos federais para protestar contra as políticas do governo Fernando Henrique Cardoso. Os servidores programam iniciar uma greve geral no próximo dia 22.

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De acordo com o representante do CNTSS, Hélio de Jesus, não houve até o momento qualquer avanço nas negociações. Os servidores querem reposição de 75,48%, referente às perdas salariais dos últimos sete anos, concurso público para a contratação de cerca de 10 mil funcionários em todo o Brasil, continuidade da Gratificação de Atividade Executiva (Gae), que rende 12,5% a mais nos salários, manutenção do PCCS e extensão deste aos estados que ainda não recebem, como o Paraná. O valor do PCCS de um estado para outro pode variar de 70% a 100% dos salários.

Ainda nesta terça-feira, segundo Hélio, haverá uma reunião entre representantes dos trabalhadores e um grupo técnico do Ministério da Saúde, em Brasília, para levantamento de dados que subsidiem a elaboração de uma proposta para abrir negociação em torno do adiantamento do pagamento do Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCSS).


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