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Para habitação

Telêmaco Borba desapropria terras da Klabin

Agência Estadual de Notícias
15 dez 2009 às 13:45

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O prefeito de Telêmaco Borba, Eros Danilo Araújo, assinou o decreto que prevê a desapropriação de 10 alqueires de terras pertencentes à Kablin S.A., empresa que ocupa mais de 90% da área do município e que produz, exporta e recicla papéis. Com outros 2,5 alqueires da companhia, o local será destinado ao desenvolvimento de programas habitacionais que beneficiarão a população mais carente da região, conhecida pelos baixos índices de desenvolvimento humano. O documento foi assinado nesta terça-feira (15), durante a Escola de Governo, em Curitiba.

"Em cada alqueire conseguiremos construir cerca de 80 casas populares destinadas a famílias com renda de até três salários mínimos. Também deveremos preparar lotes urbanizados para quem deseja um terreno, mas não tem condições de adquiri-lo. Em parte desse espaço, as casas poderão ser financiadas pelo programa do governo federal Minha Casa, Minha Vida", afirmou o prefeito.

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Segundo o governador Roberto Requião, a desapropriação foi necessária porque a Klabin havia se comprometido a ceder um terreno para a habitação dos seus trabalhadores, mas voltou atrás e passou a reivindicar R$ 290 mil por alqueire. Agora, a prefeitura deverá desapropriar os 10 alqueires pelo valor pago para a construção da Usina de Mauá (cerca de R$ 25 mil por alqueire). "Não é possível que empresas peçam e consigam tudo dos governos estadual e federal e se neguem a ceder um terreno ou repassá-lo por preço razoável para uma cidade que vai construir casas para seus colaboradores."

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"A Klabin baixou o valor de outros dois alqueires e meio para R$ 65 mil. Essa área é pequena para um projeto de habitação popular. Acho que o mesmo respeito que a empresa recebe do Estado deve ser repassado ao povo trabalhador de Telêmaco Borba", afirmou Requião. "A empresa é muito importante para o Brasil, por isso deve dar uma resposta positiva aos cidadãos. Não bastam apenas grandes investimentos. O que importa é que a população tenha um retorno, uma contrapartida, o que não é exatamente o caso dessa região, que é uma das mais pobres do Paraná."


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