Os veranistas podem ter problemas com o pouco conhecido peixe escorpião preto ou peixe pedra. O risco é as pessoas não perceberem a presença do desse peixe e pisarem nele. O peixe fica camuflado entre os rochedos no mar e solta um ferão quando algo encosta nele. Devido a esse problema o Centro de Controle de Envenenamentos (CCE), da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), alerta para acidentes que possam ocorrer.
Na hora em que a pessoa pisa no peixe pedra ele solta seu ferão que penetra no local, normalmente o pé. O ferrão contém uma camada que armazena o veneno, que é então depositado no corpo da pessoa. Em alguns casos, o veneno pode entrar na corrente sangüínea e causar problemas graves, como taquicardia, pressão baixa, podendo levar à morte. Na maioria dos casos ocorre uma dor intensa, inchaço do local, suor intenso e febre.
O peixe, que pode ser encontrado em todo litoral brasileiro, inclusive no Paraná, é um dos mais venenosos existentes na costa do País. "Mas ele não ataca. Os acidentes ocorrem apenas quando alguém pisa ou toca nele", alerta a supervisora do plantão da CCE, Marlene Entres.
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Caso ocorra algum acidente, a primeira coisa a ser feita é colocar o local atingido em um recipiente com água morna ou quente para o veneno perder seu poder de atuação. Depois, o fundamental é procurar um serviço médico. O tratamento é feito à base de antibióticos e anti-inflamatórios. Em alguns casos é necessária uma pequena intervenção cirúrgica, pois o ferrão do peixe pode ficar preso dentro do corpo, assim como a camada que contém o veneno. Caso essa camada não seja retirada o veneno continuará atuante dentro do organismo.
As pessoas mais suscetíveis aos acidentes com o peixe escorpião preto são pescadores, esportistas aquáticos e mergulhadores. Os dois últimos casos registrados no Paraná foram no início de 2002, na Ilha do Mel.
Para qualquer necessidade de orientação em relação a acidentes com o peixe, o telefone do Centro de Controle de Envenenamentos é 0800 410148 e funciona diariamente 24 horas.