Depois de 26 anos, herdeiros de duas vítimas fatais da explosão de um caminhão carregado de dinamite em Curitiba, devem receber indenizações pelo acidente. Amélia do Nascimento Santos, hoje com 78 anos, é uma das beneficiadas. Ela era mulher de João Mateus dos Santos, na época com 56 anos, guardião da Penintenciária do Ahú.
Santos passava pelas proximidades do local onde o caminhão carregado de dinamite estava quando explodiu. Os estilhaços lhe atingiram e ele morreu. Irani de Oliveira Silva, que na época tinha 25 anos, trabalhava no Hospital Veterinário São Bernardo e também passava pelas redondezas. Morreu da mesma forma que João Mateus.
O caminhão que explodiu pertencia à empresa Expresso Catarinense de Transporte Ltda, e levava na sua carroceria 105 quilos de dinamite entre outros objetos. O motorista do caminhão percebeu que a carroceria estava em chamas. Estacionou o caminhão e tentou afastar as pessoas do local. Mas o impacto da explosão foi tão grande que atingiu Irani e João Mateus, que estavam a algumas quadras do local.
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Mesmo depis de vários anos do acidente, a morte dos dois continuava causando indignação em Amália e Daniel de Oliveira Silva, pai de Irani. Eles então procuraram a Justiça e em 1992 o advogado João César Valeixo Neto propôs a ação. A dificuldade em encontrar os responsáveis pelo caminhão que havia explodido em setembro de 1976, no entanto, fez com que se passassem mais quatro anos até que os envolvidos fossem citados e o processo pudesse finalmente andar.
Leia mais em reportagem de Denise Angelo, na Folha de Londrina deste sábado