O corpo da médica sanitarista e fundadora da Pastoral da Criança, Zilda Arns, foi sepultado hoje, às 16h45, no Cemitério Água Verde, em Curitiba, ao lado de seu marido, Aloysio, seus dois filhos Silvia e Marcelo e de um neto. A cerimônia contou com a presença de cerca de 200 pessoas, entre familiares e integrantes da Pastoral, inclusive membros da Pastoral da Criança do Paraguai.
Dom Leonardo Steiner, primo de Zilda e bispo prelado de São Félix do Araguaia (MT), conduziu as últimas homenagens e orações de encomendação do corpo, e também cantou uma música em alemão com a família de Zilda. "Que possamos assumir um compromisso com a causa de Zilda, com as crianças e os idosos, os mais fracos e os mais pobres", pediu o religioso.
Na chegada do corpo da fundadora da Pastoral da Criança ao cemitério, houve uma homenagem com salvas de tiros pela Polícia Militar. Do lado de fora do cemitério, as pessoas que não puderam participar acompanhavam e batiam palmas. O caixão estava coberto com a bandeira do Brasil, e pombas brancas revoaram assim que ele desceu à sepultura.
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Ontem, estiveram no velório o prefeito de Curitiba, Beto Richa, os governadores do Paraná, Roberto Requião, de São Paulo, José Serra, de Santa Catarina, Luiz Henrique Silveira, o presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer (PMDB-SP), o deputado José Anibal (PSDB-SP), os senadores Álvaro Dias (PSDB-PR), Ideli Salvatti (PT-SC) e Eduardo Suplicy (PT-SP), a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, e o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha.
O corpo de Zilda Arns chegou do Haiti na madrugada de ontem em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB), em Brasília, e seguiu para Curitiba, onde chegou às 10h30. Acompanharam o voo o senador Flavio Arns (PSDB-PR), sobrinho da médica, e o chefe de Gabinete da Presidência da República, Gilberto Carvalho.
Nobel da Paz
Lula deve cuidar pessoalmente da indicação de Zilda Arns ao Prêmio Nobel da Paz, de acordo com as informações da Agência de Notícias do Estado do Paraná. A proposta foi feita pelo governador do Estado, Roberto Requião.
O presidente também deve criar o Prêmio Zilda Arns, sugerido por Requião, para incentivar e reconhecer gestores públicos que se destaquem no combate à mortalidade infantil.