O carregador Leandro Borges de Oliveira, 27 anos, foi morto na manhã desta quinta-feira em uma casa localizada na invasão do Jardim Marieta (zona norte de Londrina). Ele recebeu sete tiros, que atingiram suas costas e cabeça, enquanto dormia.
Oliveira, também conhecido pelos apelidos de ''Fio'' e ''Simon'', foi a 113ª vítima de homicídio na cidade em 2003. Segundo o delegado-adjunto da 10ª Subdivisão Policial de Londrina (SDP), Jorge Barbosa, Oliveira teria invadido o barraco onde foi morto. ''Ele expulsou os moradores do barraco e ainda mandou-os fazer café'', disse.
Moradores chegaram a aplaudir o trabalho dos funcionários do Instituto Médico-Legal (IML), durante o transporte do corpo ao camburão. A ficha criminal de Oliveira tem seu primeiro registro em 1995, por furto. Como última passagem, está uma fuga da Colônia Penal Agrícola, na Região Metropolitana de Curitiba, em 5 de outubro de 2001.
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Segundo o delegado, ele era um dos suspeitos de incendiar barracos e apavorar a população do Jardim São Jorge (zona norte), e já estava sendo procurado pela polícia. ''Era questão de um ou dois dias para pegarmos ele'', disse o investigador do 5º Distrito Policial, Iterlei Liss.
Segundo o investigador, hojefoi o segundo dia consecutivo em que Oliveira invadiu a casa de um mecânico de 38 anos, no Marieta. Ele já tinha feito o mesmo em outras casas. ''Ele chegava às 5 horas, expulsava a família de casa com uma pistola, dizendo que ia dormir por duas horas, e mandava os moradores fazerem o café ali fora mesmo'', relatou.
Liss disse ainda que, na quarta-feira, Oliveira fechou portas e janelas e dormiu até às 7 horas. Nesta quinta, teria feito o mesmo mas esqueceu de trancar a casa. Segundo o investigador, Oliveira estava sendo ameaçado de morte por várias pessoas. Tinha, inclusive, mudado a aparência, escurecendo e cortando os cabelos.
O mecânico confirmou que dois homens encapuzados chegaram em sua casa por volta das 7 horas. Ele relatou que um deles o segurou contra a parede e outro, armado com um revólver calibre 38, invadiu a casa, na Rua Luiz Antônio Mayrink Góes. Ainda segundo o mecânico, foram efetuados vários disparos. Os tiros foram dados enquanto Oliveira estava de bruços, deitado em um colchão. Foram pelo menos cinco nas costas - um teria trespassado o corpo - e dois na nuca.