Um comerciante de 54 anos foi identificado pela Polícia Civil como suspeito de assassinar uma moradora de rua, na última segunda-feira (28) na Praça Osório, no Centro de Curitiba. Ele foi alvo de uma operação deflagrada na manhã desta sexta-feira (1º) pela Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e é considerado foragido.
Um mandado de busca e apreensão também foi cumprido na residência e estabelecimento comercial onde o ele trabalha. Durante as investigações a polícia ouviu várias pessoas e também obteve imagens de circuito de segurança da região, que auxiliaram na identificação do homem no momento do crime.
De acordo com as investigações, além da moradora de rua de 43 anos, o autor do crime tentou matar seu parceiro, um homem de 36 anos que foi atingido no braço e encaminhado ao hospital.
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Segundo o delegado da DHPP responsável pelas investigações, Renato Coelho, há evidências concretas de que o comerciante foi o responsável pelos crimes. As imagens das câmeras de segurança foram analisadas e após um levantamento de informações a polícia conseguiu chegar até o suspeito. "As imagens flagraram a execução da moradora de rua e a tentativa contra o companheiro da vítima. É possível notar também nas imagens que de forma premeditada, ele passou por esses moradores de rua que estavam deitados e efetuou diversos disparos de arma de fogo, saindo do local tranquilamente", afirma o delegado.
O suspeito do crime possuí diversos registros criminais de lesão corporal. "Nos verificamos que ele é uma pessoa intolerante, agressiva e que se incomodava com a presença dos moradores de rua perto do comércio onde trabalhava, então não há outra motivação a não ser um crime de intolerância", finaliza Coelho.
Durante a ação policial na residência do suspeito os policiais apreenderam um simulacro de arma de fogo e dois aparelhos de choque. "Isso demonstra que essas ferramentas são usadas para amedrontar algumas pessoas e que elas podem ter sido usadas para ameaçar outros moradores de rua também", explica o delegado.
Coelho diz que este caso foi um ato isolado, que não tem relação com outros casos e que não há possibilidade da existência de grupos de extermínio.
O suspeito responderá por homicídio e tentativa de homicídio. Se condenado poderá pegar até 30 anos de prisão. A arma de fogo usada no crime ainda não foi encontrada.