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Vítima tinha 18 anos

Execução em aeroporto pode ter motivação passional

Agência Estado
20 set 2016 às 08:50

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- Reprodução/WhatsApp Grupo Folha
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A Polícia Civil de Porto Alegre não descarta a hipótese de que a morte do jovem Marlon Roldão, de 18 anos, executado com mais de dez tiros dentro do Aeroporto Internacional Salgado Filho, tenha sido um crime motivado pelo relacionamento do rapaz com uma mulher. Roldão morreu por volta das 11h10 da manhã da última segunda (19), em frente à porta de embarque do saguão do terminal 2 do aeroporto. Os tiros, com pistola 9mm, atingiram o peito e a cabeça do jovem.

Conforme o delegado da Divisão da Delegacia de Homicídios, Gabriel Bicca, familiares relataram que o rapaz já teria recebido ameaças anteriormente por causa desse relacionamento. A Polícia Civil afirmou que já tem a identificação dos dois suspeitos.
O diretor do Instituto Geral de Perícias do Rio Grande do Sul, Cleber Müller, disse que "a perícia já analisou as imagens das câmeras de segurança do saguão do aeroporto onde foi possível flagrar a execução e a fuga dos criminosos".

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Os peritos encontraram ao menos 20 cápsulas de pistola calibre 9mm deflagradas sobre o saguão. "A maioria dos disparos atingiu a vítima. Foram mais de 20 ferimentos pelo corpo", afirmou o perito.

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Roldão estava no aeroporto com familiares para se despedir de um amigo que iria viajar. No saguão, torcedores do Grêmio aguardavam ansiosamente o desembarque do novo treinador do time, Renato Portaluppi, que vinha de um voo do Rio de Janeiro.

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Em depoimento à reportagem, uma das testemunhas relatou os momentos de pânico ocorridos dentro do saguão durante a manhã. "Eu estava aguardando o Renato (treinador do Grêmio) chegar e, quando vi, começaram os tiros e todo mundo saiu correndo. Eu vi um cara entrando no carro e saindo em fuga em direção a Freeway (BR-290)", disse o jovem.


Outro torcedor disse que, ao ouvir os tiros, pensou que eram foguetes em homenagem à chegada do treinador do Grêmio, Renato Portaluppi. "Eu achei que eram balões, foguetes, pela chegado do Renato. Quando olhei para trás, vi os taxistas correndo, me abaixei. Pude ver o cara (criminoso) saindo correndo e entrando no carro", revelou.

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A dupla fugiu em um veículo Chevrolet Cobalt de cor cinza. Logo em seguida, o carro foi abandonado nas imediações do aeroporto, na zona norte de Porto Alegre.


De acordo com a polícia, o jovem, que fazia aniversário nesta segunda, não tinha antecedentes criminais. Após o crime, parte do saguão do terminal 2 do Aeroporto Internacional Salgado Filho ficou interditada para trabalho da Polícia Civil e perícia.

A Infraero, por meio de nota, informou que os voos não chegaram a ser suspensos e que vai colaborar com as investigações policiais.


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