O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) do MPPR (Ministério Público do Paraná) em Londrina deflagrou na manhã desta terça-feira (14) a Operação Engenho. Foram cumpridos 93 mandados de busca e apreensão domiciliar e pessoal e 17 mandados de prisão temporária.
Segundo o MPPR, as investigações apuram a possível constituição de uma associação criminosa estabelecida na região de Londrina, que teria ramificações nos estados de São Paulo, Goiás e Santa Catarina, com atuação na prática de usura, tráfico de drogas, comércio ilegal de armas de fogo e lavagem de dinheiro.
Os mandados foram cumpridos em Londrina, Cambé e Ibiporã (Região Metropolitana de Londrina), Foz do Iguaçu (Oeste), São José dos Pinhais (Região Metropolitana de Curitiba), Curitiba, Itapema (SC), Paranaíba (MS), Marília (SP) e Goiânia (GO), com apoio da Rotam (Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas), do Batalhão de Polícia de Choque, do Canil da PM e de policiais de diversos batalhões vinculados ao 2º Comando Regional da Polícia Militar do Paraná.
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Escondido
As apurações tiveram início em 2022. Na coleta de provas, constatou-se que um dos maiores traficantes de Londrina, condenado definitivamente a 12 anos, 8 meses e 13 dias de prisão pelos crimes de associação para o tráfico e tráfico de drogas, escondia-se em um condomínio de luxo em Cambé. De lá, conforme apurado pelo MPPR, ele comandava um grande esquema de lavagem de dinheiro oriundo do tráfico ilícito de entorpecentes, operacionalizado com agiotagem, por meio do uso de “laranjas” para a movimentação de aproximadamente R$ 400 mil por semana.
Além disso, o esquema incluía a aquisição de diversos imóveis em nome de terceiros, como apartamentos de luxo em Londrina e no litoral catarinense, além de casas populares que geravam rendas de aluguel ao chefe do grupo criminoso. Ainda foram colhidos elementos probatórios indicando que a associação criminosa comercializava armas de fogo e drogas ilícitas, tendo vínculo com outros traficantes estabelecidos em Londrina e região.
O Juízo da Vara Criminal de Cambé, que emitiu as ordens judiciais, determinou ainda o sequestro de 12 imóveis, incluindo casas e terrenos em condomínio de luxo naquela cidade e um apartamento em Itapema (SC) avaliado em aproximadamente R$ 2 milhões.