O tour de dois dias do traficante Fernandinho Beira-Mar de Catanduvas (PR), onde está preso, até o Rio, onde presta depoimento nesta segunda-feira (05), está saindo caro aos cofres públicos. O governo não fechou a conta porque alguns custos são intangíveis, mas só com o traslado de ida e volta, o erário está gastando R$ 17.400, sendo R$ 12 mil com combustível e R$ 5.400 com as diárias dos policiais diretamente envolvidos na escolta.
O cálculo leva em conta a despesa média da PF com consumo de combustível, de R$ 600 por hora voada. Se fosse cobrado, o aluguel dos angares e do jatinho da Força Aérea Brasileira (FAB) usado na operação não ficaria por menos de R$ 30 mil, pelos cálculos de um policial. Mas há ainda os custos de manutenção da aeronave. Embora a instituição banque a despesa do seu orçamento, a direção da PF e o Ministério da Justiça, ao qual está subordinada, não comentam o caso por se tratar de uma decisão judicial.
Beira-Mar foi levado ao Rio para presenciar o depoimento de testemunhas de acusação de um processo que corre contra ele em segredo de justiça, beneficiado por hábeas-corpus do Supremo Tribunal Federal (STF). O depoimento poderia ser presenciado por videoconferência, recurso que a justiça vem usando por ser mais econômico, ágil e seguro.