Polícia

MP faz busca e apreensão em Arapongas e Maringá contra investigados de fraudar licitações

17 dez 2020 às 11:14

Uma operação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) cumpriu doze mandados de busca e apreensão, sendo oito em Arapongas (região metropolitana de Londrina) e quatro Maringá (norte), na manhã desta quinta-feira (17) contra acusados de fraudar licitações.


O grupo também é investigado pelos crimes de corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro com possível constituição de organização criminosa, e envolve servidores do município, empresários, e ainda a ex-presidente da Câmara Municipal de Arapongas da gestão 2015-2016.


As investigações são conduzidas pelo Ministério Público de Arapongas e começaram em 2017, tendo como objeto a contratação de uma empresa de Maringá pela Câmara de Vereadores para fazer a digitalização de documentos. Segundo o que o MP pode apurar, os empresários envolvidos efetuavam pagavam propinas a servidores públicos para manterem o contrato através de aditivos, por meio dos quais estariam recebendo R$ 22 mil, por vários meses, entre 2015 e 2016.


Dos mandados cumpridos nesta quinta-feira, três foram em gabinetes de servidores na Câmara Municipal de Arapongas, quatro em residências, dois em escritórios e três em empresas investigadas.


Denúncia criminal


Como resultado da primeira fase da operação, promovida em 2017, foram denunciadas quatro pessoas que teriam participação no esquema criminoso: outro ex-presidente da Câmara, que estava à frente do cargo na época dos fatos, o então presidente do Conselho da Comunidade do Município (posteriormente afastado do cargo), na conta de quem eram feitos os depósitos depois repassados ao então chefe do Legislativo), e dois empresários que seriam os responsáveis pelos pagamentos. Essas quatro pessoas também estão sendo alvos de buscas na fase executada nesta quinta.


De acordo com a apuração da Promotoria de Justiça, a transferência desses valores ao "laranja” mascarava a real natureza dos depósitos fazendo crer que o vereador apenas quitava uma dívida, o que caracteriza o crime de lavagem de dinheiro.

Com a nova etapa da investigação, que segue em andamento, o Ministério Público busca identificar a participação de outros servidores da Câmara Municipal de Arapongas no esquema, outros empresários que simulavam participação na licitação, além de pessoas ligadas à chefia do grupo criminoso.


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