A Delegacia de Fazenda Rio Grande, na Região Metropolitana de Curitiba, investiga a morte de Maria Inez Fila Cruz, de 41 anos, no dia 6 de abril em Mandirituba, cidade onde vivia. A família dela acusa o curandeiro Luiz Vitoreti de ser o responsável pela morte da mulher. Segundo o marido, Pedro Dircésio da Cruz, a mulher tinha parado de tomar os remédios que usava para controlar a epilepsia para tomar apenas as "garrafadas" preparadas pelo homem, que se apresenta como ‘pai de santo’. Trinta dias depois de se submeter a esse "tratamento", Maria Inez faleceu.
Em entrevista à rádio Banda B, o marido diz que a mulher jogou todos os medicamentos que vinha usando há anos para controlar a doença, a mando do "Pai Luiz", para tomar apenas as tais garrafadas. O produto, de acordo com ele, vinha dentro de garrafas de refrigerantes de 2 litros. Tinha forte de vinho e continha pedaços de madeira. A mulher pagava R$ 10 pelas consultas e mais R$ 35 pela garrafada. A indicação era para que tomasse três copinhos de café por dia do líquido. "A gente falava que era loucura, mas ela não queria nem saber, confiava só no Pai Luiz", afirma Pedro Cruz.
No dia 6, segundo o marido, Maria Inez começou a passar mal e foi levada até a Tenda do Pai Luiz, a poucas quadras da casa dela. De lá, ela foi levada pelo curandeiro a outro centro de Mandirituba, onde teria morrido. Ela ainda foi encaminhada a um hospital, mas já chegou morta.
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Maria Ines era mãe de quatro filhos de 17, 13, 8 e 5 anos. "Minha vida virou um inferno. Meu caçula nem entra em casa mais, só chama pela mãe, e os outros só choram. Quero justiça", disse Cruz na entrevista..
A Delegacia de Fazenda Rio Grande abriu inquérito policial para investigar o caso. Testemunhas estão sendo ouvidas. (com informações da Banda B)