A Polícia Federal deflagrou na terça-feira (1º), a Operação Quinhão I, com o objetivo de desmantelar quadrilhas que atuavam na extração, transporte, receptação e comércio/beneficiamento de madeira ilegal, extraídas de áreas públicas e privadas do município de Pinhão e região, sem a autorização dos órgãos ambientais competentes. A operação contou com a participação de 85 policiais federais oriundos de todas as Delegacias de Polícia Federal do Paraná, além de quatro servidores do IBAMA.
Na ação de hoje foram cumpridos 20 mandados de prisão preventiva, 21 mandados de busca e apreensão domiciliar (19 nas residências dos envolvidos e dois nas serrarias), um mandado de condução coercitiva, além de oito mandados de busca e apreensão para os caminhões identificados como habitualmente utilizados para o transporte, todos expedidos pela Justiça Federal de Guarapuava.
A operação resultou na apreensão de madeira ilegal, 2 revólveres e 3 cédulas falsas, e a prisão preventiva de 17 pessoas, que foram encaminhadas à carceragem da 14ª Subdivisão Policial Civil, à disposição da Justiça.
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Foram também suspensas as atividades das serrarias envolvidas com a lacração do maquinário utilizado para beneficiar a madeira ilegal receptada, com o bloqueio judicial de ativos financeiros até o limite de R$ 300 mil para cada proprietário/sócio ou responsável de fato pelas serrarias envolvidas, inclusive dos valores mantidos em contas pessoais e em nome das próprias pessoas jurídicas.
As investigações iniciaram em abril de 2011 e revelaram a existência de dois grupos criminosos organizados, naquele município, especializados na retirada e no comércio ilegal de Imbuia e Pinheiro Araucária, causando graves danos ao meio ambiente.
O processo se iniciava com a extração ilegal, passando pelo transporte realizado em veículos de membros dos grupos até serrarias do município de Pinhão ou de Curitiba, onde a madeira em toras era serrada/beneficiada, normalmente durante a madrugada, para uso e/ou posterior introdução no comércio da região. No início, o transporte era feito sem qualquer tipo de documentação (DOF).
Após diversas apreensões de madeira realizadas pela Delegacia de Polícia Federal em Guarapuava, com a lavratura de oito Termos Circunstanciados por crimes ambientais, as quadrilhas passaram a se utilizar de Documentos de Origem Florestal – DOFs e notas fiscais falsas para o transporte da carga, a fim de dissimular a origem ilícita da madeira e dar a aparência de legalidade.
A investigação continua em inquérito policial da Delegacia de Polícia Federal de Guarapuava.