A Polícia Federal (PF) incinerou nesta sexta-feira cerca de 1,1 tonelada de drogas em uma fábrica de cal em Almirante Tamandaré, Região Metropolitana de Curitiba. Os entorpecentes foram apreendidos em 44 operações realizadas pela PF nos anos de 1992, 1995, 1996 e 2001.
Quase a totalidade das substâncias incineradas era formada por tabletes de maconha que, somados, pesavam 1,03 tonelada. Na operação, foram destruídos também 89 kg de cocaína e 1,5 kg de crack, além de alguns frascos de lança-perfume.
Toda a droga apreendida pela PF permanece armazenada até que uma ordem da Justiça permita a destruição dos entorpecentes. Segundo o agente federal Artur Almeida, o processo pode ser demorado. ''Normalmente, o juiz responsável pela ação criminal contra o traficante espera a sentença transitar em julgado, ou seja, esgotar-se todos os recursos possíveis do condenado antes de decretar a incineração das drogas'', explicou o agente.
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O montante incinerado nesta sexta-feira é pequeno se comparado à quantidade de drogas apreendida pela Polícia Federal anualmente. Apenas este ano, a delegacia da PF em Curitiba já recolheu 450 kg de maconha e 21 kg de cocaína na cidade. Atualmente, o Paraná é o segundo estado em número de apreensões de maconha, ficando atrás apenas de Mato Grosso do Sul.
''Isso ocorre devido às regiões de fronteira em Guaíra e Foz do Iguaçu, por onde entram drogas que acabam passando por Curitiba antes de irem para outros continentes. Em janeiro, prendemos seis traficantes, sendo que um deles era um nigeriano que levava entorpecentes para o Zaire e Espanha escondidos nas barras de suas camisas'', afirmou Almeida.