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Investigação

Polícia Federal deflagra 'Operação 14 Bis' contra desvio de recursos públicos

Agência Estado
13 mar 2018 às 07:22

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- Divulgação/Polícia Federal
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A Polícia Federal deflagrou, nesta terça-feira (13), com o Ministério Público Federal, a Controladoria Geral da União e a Receita Federal, a Operação 14 Bis. A investigação mira em um esquema de gestores e de empresas que teriam se juntado para fraudar licitações e contratos no âmbito da Universidade Tecnológica Federal do Paraná - Campus Cornélio Procópio (UTFPR-CP). Há indícios de irregularidades de cerca de R$ 5,7 milhões.

Em nota, a PF informou que cerca de 90 policiais federais e servidores da CGU e da Receita cumprem 20 mandados de prisão temporária e 26 mandados de busca e apreensão, além de sequestro e indisponibilidade de bens. Entre os presos, estão o ex-diretor geral da universidade Devanil Antônio Francisco e o ex-diretor de administração e logística Sandro Rogério de Almeida. A ação ocorre nas cidades de Uraí, Cornélio Procópio, Nova América da Colina e Maringá, todas no Paraná.

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As investigações apontaram a ocorrência de "irregularidades graves" em contratos celebrados entre a UTFPR-CP e empresas que prestaram serviços de manutenção predial, manutenção de ar-condicionado, manutenção de veículos, fornecimento de materiais de construção e serviços de reprografia.

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Entre as irregularidades estão a suspeita de obtenção de informação privilegiada, formação de grupo econômico, uso de documento potencialmente falso ou insuficiente para atesto de capacidade técnica, pagamentos superiores aos valores contratados, superfaturamento, sobrepreço, frustração de concorrência, suspeita de pagamento de materiais não recebidos ou desviados, entre outros.


A PF destacou que a UTFPR recebeu denúncia relativa aos fatos na operação e "imediatamente adotou medidas em âmbito administrativo, como, por exemplo, a realização de auditorias conduzidas por sua unidade de Auditoria Interna, além da demissão, mediante Processos Administrativos Disciplinares, de dois servidores envolvidos nas fraudes".

Os presos serão conduzidos à Delegacia de Polícia Federal em Londrina onde permanecerão à disposição da Justiça. Os suspeitos poderão responder pelos crimes de associação criminosa, falsidade ideológica, peculato, corrupção passiva, corrupção ativa, crimes contra o processo licitatório, sem prejuízo de outras implicações penais a serem constatadas. O nome da operação é uma alusão à empresa criada para facilitar os desvios.


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