Foram apresentados nesta quinta-feira três dos quatro acusados de terem matado o casal de aposentados Guilherme Ponce Martins, 76 anos, e Luzia Simão Martins, 68 anos. Eles foram mortos a pauladas e marretadas, no dia 28 de abril, durante uma tentativa de assalto no sítio deles no distrito de Bartira, a cinco quilômetros do centro de Rolândia (25 km a oeste de Londrina).
Os irmãos José Sérgio Vitalino, 21 anos, e Wesley Robson Vitalino, o Robinho, 18 anos, e o menor C.A.Q., 17 anos, foram presos durante a tarde de quarta-feira, na casa deles, no bairro de Santo Amaro, em Cambé (13 km a oeste de Londrina). Segundo a polícia, o quarto suspeito, chamado pelos outros três de Fernando, ainda está em liberdade. Nenhum deles tem passagem pela polícia.
O delegado que comandou as investigações, Walter Helmut Echert, disse que chegou até os acusados através de rastreamentos telefônicos. Segundo ele, um dos acusados, dias depois do crime, começou a fazer ligações para familiares das vítimas, fazendo ameaças. Os telefonemas eram feitos do próprio celular do aposentado, roubado no dia do latrocínio.
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''Eles ligavam e diziam que eram a morte, que tinham matado os 'velhos' e a pessoa que recebia a ligação seria a próxima a morrer", contou o delegado. O celular foi rastreado e encontrado com o menor, que afirmou ter comprado o aparelho do Robinho na sexta-feira. ''Ao chegarmos ao adolescente ele nos contou tudo o que aconteceu'', afirmou Hemult.
C.A.Q. prestou serviços durante um tempo no sítio do casal. Ele contou à polícia que os quatro foram até o local com a intenção de pegar algumas poncãs. Chegando lá, segundo o adolescente, Robinho e o irmão resolveram assaltar a casa. O primeiro teria usado um pedaço de eucalipto para desferir um golpe no aposentado. Ainda de acordo com a versão do jovem, Robinho abandonou o pau no meio de umas bananeiras, pegou a marreta e foi até a casa. Ele teria chegado na residência e golpeado Luzia. ''Tentei impedir, mas se fizesse isso, quem estaria morto era eu'', afirmou o menor. Os quatro pegaram o celular, um aparelho de som, uma pequena quantia em dinheiro e fugiram.
Os dois irmãos disseram que não conhecem o menor e negaram a versão dele. Eles afirmaram ter provas que não participaram do crime. ''Sou trabalhador e honesto'', garantiu José. ''No dia 27 eu estava em uma festa na chácara do meu patrão, bebi muito e fui parar no hospital'', alegou Robinho. Mas o crime foi dia 28.
Para o delegado não há dúvidas de que os dois têm participação no latrocínio. ''É compreensível que eles neguem. O Robinho tem fama de valentão lá em Cambé e temos plena certeza de que foi ele que desferiu os golpes que mataram o casal'', confirmou.