Polícia

Rapaz morre em confronto com a polícia no Jardim Califórnia

11 abr 2021 às 13:20

Um rapaz foi atingido por disparos de arma de fogo e morreu em uma abordagem da Polícia Militar, no Jardim Califórnia, no final da manhã deste domingo (11).


De acordo com o 2º Comando Regional da Polícia Militar, o homem, que não teve o nome divulgado, não atendeu às ordens de uma equipe da Rotam (Rotas Ostensivas Táticas Metropolitanas) e reagiu com um revólver. Ainda segundo a PM, ele acabou sendo baleado e não resistiu aos ferimentos. Socorristas chegaram a ser acionados, porém não havia mais nada a ser feito para salvar a sua vida. Conforme a PM, ele deveria ter entre 20 e 25 anos.


Moradores da rua Camile Flamation protestarem contra a ação e, revoltados, questionaram os policiais. No entanto, nenhum outro conflito foi registrado, segundo as equipes.


Um revólver utilizado pelo indivíduo, que utilizava uma tornozeleira eletrônica, foi apreendido.


Mais tarde, a PM informou que 52 pinos de cocaína e R$ 95 em dinheiro trocado foram encontrados com o homem, suspeito de utilizar o ponto para traficar drogas.


Segundo o relato dos policiais, a população chegou a arremessar pedras contra as equipes, que reagiram com granadas e elastômero para dispersá-los.


O OUTRO LADO


A reportagem foi procurada por um morador do bairro que preferiu não se identificar. De acordo com ele, o jovem, que se chamava Cristiano e teria 19 anos, foi executado com um tiro na cabeça.


Conforme o relato dado à reportagem, três jovens estavam sentados na calçada conversando quando a PM realizou a abordagem.


De acordo com o homem, Cristiano teria corrido dos policiais porque estava a mais de 50 metros de sua residência. "Ele correu para o fundo da casa enquanto os outros dois estavam sendo abordados. Ele não poderia estar a mais de 50 metros da casa. Ele usava tornozeleira porque se envolveu em um furto antigo, mas já tinha saído", explicou.

O morador também negou a versão de que o jovem estava armado e que estaria traficando drogas. "Hoje o policial não veio fazer papel de polícia, veio oprimir. Encontraram parte da cabeça dele no chão. Foi execução. Soltaram tiro e bomba em crianças e famílias de trabalhadores, mirando arma para crianças, pais de família", afirmou.


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