Três presos da Penitenciária Central do Estado, em Piraquara, na região metropolitana de Curitiba, morreram durante rebelião no presídio iniciada na noite desta quinta-feira (14). O nome dos mortos ainda não foi divulgado pela Secretaria Estadual de Segurança Pública, que restringiu-se a confirmar os óbitos.
De acordo com a Agência Brasil, os presos mantêm quatro agentes penitenciários como reféns. Os presos queimaram colchões e camas e há muita fumaça no presídio.
A polícia está no local negociando o fim da rebelião. Os detentos estão no telhado de um pavilhão com os reféns, ameaçando matá-los se os policiais invadirem o presídio.
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Testemunhas disseram ter ouvido tiros dentro da PCE e muitos gritos. Os presos mortos seriam os jurados de morte e que estavam em isolamento.
A rebelião ocorreu após a saída de 48 policiais militares, que ajudavam na guarda armada da penitenciária. A Secretaria de Segurança Pública ordenou que os PMs fossem transferidos para outras cidades – litoral e costa oeste – para trabalhar na Operação Verão.
Com a saída dos policiais, o Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná já havia alertado da possibilidade rebelião, uma vez que o banho de sol, por exemplo, foi suspenso. A última rebelião na PCE foi em 2000.
A Penitenciária Estadual de Piraquara é um presídio de segurança máxima, com capacidade para 723 presos condenados. Com 169 celas, tem 12.800m² de área construída e um espaço para horta com 7.500m². O investimento foi de R$ 8,5 milhões, sendo 80% provenientes do Ministério da Justiça e 20% do Estado do Paraná.