O vigia Valdinei Fortunato de Lima, 33 anos, foi morto na noite de domingo enquanto trabalhava na guarita da Cooperativa Integrada, em Londrina, às margens da rodovia PR-445 (zona sul), na saída para Curitiba. O crime ocorreu por volta das 23 horas, quando apenas o vigia se encontrava na empresa. A polícia suspeita de latrocínio mas a família garantiu que nada foi roubado.
O corpo foi encontrado somente no início da manhã de hoje, por companheiros de trabalho, a poucos metros da guarita de acesso à empresa. O portão estava trancado pela manhã. Segundo a assessoria de imprensa da Cooperativa, não foi identificado nenhum sinal de arrombamento e nada foi roubado.
A mesma fonte informou ainda que não havia nenhuma atividade na empresa ontem, por ser domingo e feriado de Independência. ''Todos na empresa estão tão perplexos quanto todos que conheciam ele (Lima). Era um funcionário idôneo e nunca teve nenhum problema de ordem profissional'', declarou um assessor.
Lima foi vítima de um único tiro no braço direito, que transfixou e provavelmente atingiu seu pulmão. O corpo foi encaminhado para o Instituto Médico-Legal (IML). Lima foi velado na casa da família e o sepultamento será às 8 horas de hoje, no Cemitério Jardim da Saudade (zona norte).
O delegado de plantão da 10ª Subdivisão Policial (SDP), Airton Simplício, comentou que o vigia poderia ter tentado correr em direção a sua casa, localizada há menos de 100 metros da cooperativa.
Lima estava casado há pouco menos de quatro anos e, desde então, passou a morar na casa próxima à empresa. O casal não tinha filhos. Segundo o familiar, Dirceu Andrade Caçula, ele era funcionário da cooperativa há cerca de 10 anos e trabalhava desarmado. ''Não foi roubado nada dele'', afirmou Caçula.
Leia mais:
Homem perde parte da orelha em briga generalizada no centro de Arapongas
Moradores da zona rural de Arapongas são vítimas de sequestro relâmpago
Mulher morre após carro cair em buraco escondido na BR-369, em Cornélio Procópio
Polícia Federal em Londrina incinera quase sete toneladas de maconha
De acordo com ele, o vigia costumava sair à noite da guarita para deixar o lixo do lado de fora para ser recolhido pela manhã. O mesmo familiar garantiu que Lima ''era uma pessoa de muitas amizades e não tinha problema com ninguém''.
O delegado confirmou que os objetos que estavam na guarita, como um rádio e um relógio, não foram levados. ''Mas como a carteira do vigia foi encontrada vazia, existe a hipótese de latrocínio'', afirmou. A polícia, porém, não descarta uma tentativa de roubo à empresa. O crime será investigado pela Força-Tarefa de Homicídios.