O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), divulgou nesta quinta-feira, 8, em sua página oficial no Facebook, nota de repúdio à menção do nome do ex-governador de Minas Gerais e senador eleito Antonio Anastasia por um dos investigados na Operação Lava Jato. Aécio, que foi derrotado nas eleições de outubro pela presidente reeleita Dilma Rousseff (PT), reitera na nota que o governo de sua adversária "vem sendo financiado por uma organização criminosa, formada por pessoas e diretores ligados à gestão do PT na Petrobras".
Aécio refutou 'com veemência' a 'suposta afirmação do policial' Jayme Alves de Oliveira Filho de que teria entregado dinheiro a Anastasia a pedido do doleiro Alberto Youssef. O ex-candidato presidencial afirmou que "a falsa e covarde acusação não se sustenta em pé, seja pelo caráter e honestidade pessoal do senador, reconhecidos até mesmo por seus adversários políticos, seja pela falta de nexo na história apresentada".
Aécio questionou a plausibilidade da acusação a seu afilhado político: "Alguém acredita que um governador de Estado se reuniria pessoalmente numa garagem com um emissário desconhecido para receber dinheiro?". Mais cedo, o próprio Anastasia havia dito ser "muito estranho o alegado encontro de um Governador de Estado em uma casa que não é sua, com um desconhecido, para receber dinheiro".
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Aécio disse ainda que Anastasia já constituiu advogado para solicitar o aprofundamento das investigações. "Com certeza, elas mostrarão o absurdo dessas supostas afirmações. Não permitiremos que biografias honradas, como a do senador eleito de Minas Gerais, se confundam com as daqueles que vêm assaltando os cofres públicos no País."
O presidente do PSDB afirmou também que "se o objetivo dessa farsa é intimidar e constranger a oposição, informamos que o efeito será justamente o contrário: o PSDB redobrará os esforços no sentido de continuar exigindo uma profunda e isenta investigação, que tenha como compromisso único revelar à população a verdade e os responsáveis pelo maior escândalo de corrupção na história do país, ocorrido ao longo dos últimos doze anos durante a administração do PT na Petrobras".