O secretário-chefe da Casa Civil, Alceni Guerra, considerou a marcha para a entrega do projeto popular contra a venda da Copel de "fracasso retumbante". Guerra disse que o Palácio Iguaçu acreditava que 50 mil pessoas participariam da manifestação.
A previsão oficial do Fórum era que 10 mil pessoas participariam do movimento. Durante a manifestação, os organizadores contaram 15 mil pessoas participando, enquanto a Polícia Militar divulgou vários números desencontrados que iam de 2,5 mil a 15 mil manifestantes.
"O governador sabia que a decisão implicaria em manifestação. A venda é impopular, mas necessária", comentou Guerra, escalado como porta-voz do Palácio para comentar a marcha. "O movimento foi manipulado, com evidentes objetivos eleitorais", reclamou. "Anunciou-se um público de Atletiba, mas o que se viu foi uma torcida de Xaxim e Xanxerê", provocou. "Isso nos anima a continuar".
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O coordenador executivo do Fórum, Nelton Friedrich, comemorou a adesão à marcha, que contou com candidatos à sucessão em 2002.
De acordo com Guerra, o "povo não aderiu ao protesto das oposições" porque está compreendendo os argumentos do governo. O secretário negou que o governo tenha atuado nos bastidores para impedir que ônibus vindos do interior chegassem a Curitiba com mais manifestantes, conforme foi denunciado pelos caminhões de som do Fórum. A organização disse que o governo também fez pressão para que alunos e professores não comparecessem. "Não cogitamos prejudicar o movimento", resumiu.
O governador Jaime Lerner (PFL) enviou nota oficial afirmando que respeita o direito de livre manifestação. "Mas tenho convicção que a concentração acontecida no Centro Cívico não representa o pensamento da sociedade paranaense, que deseja que o Estado tenha melhores condições de investir em saúde, educação e segurança pública. E isso só será conseguido com a desestatização da Copel."
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