A senadora Marina Silva participou na noite desta segunda-feira (11) do Ciclo de Palestras promovido pela rádio CBN Londrina, no Teatro Marista. Durante o evento, a senadora garantiu que a aliança programática entre a Rede Sustentabilidade e o PSB ainda não é eleitoral e que o momento é de discutir propostas e ideias.
"É uma aliança programática e eu não sei se vai se transformar em uma aliança eleitoral. Vai depender do sucesso do programa e da estrutura que vai dar sustentação", afirmou.
Ela voltou a criticar a postura dos cartórios que anularam 95 mil assinaturas, o que impediu a criação da Rede Sustentabilidade, presente nos 27 estados e em 3 mil municípios. De acordo com a senadora, 53% dos cartórios tiveram um "comportamento atípico" e deveriam ser investigados.
Leia mais:
Câmara de Londrina faz entrega simbólica de reforma da sede oficial
TCE revoga cautelar que suspendia licitação para compra de uniformes em Londrina
Lidia Maejima é homenageada pela Assembleia Legislativa do Paraná
Câmara de Mandaguari discute Projeto de Emenda à Lei Orgânica
"As nossas ideias são boas para um processo político e é preciso colocar, pelo menos, como uma proposta para ser avaliada. Eu não tenho como objetivo de vida ser presidente da República. A minha meta é trabalhar para o Brasil ser melhor. Se necessário, até seria, mas infelizmente tiraram a Rede Sustentabilidade", respondeu Marina, questionada pela platéia sobre a aliança com o PSB do governador de Pernambuco, Eduardo Campos.
Durante a entrevista coletiva, Marina afirmou que não leva em consideração os números das pesquisas, que colocam a senadora à frente de Campos, para definir a coligação para o próximo ano. "Estamos preocupados com o debate em torno das propostas e em ancorar as ideias em uma estrutura que tenha credibilidade. Quando conversarmos, partimos do princípio que o candidato é o Eduardo Campos. Não fizemos nenhuma discussão de posição na chapa até porque jamais faria nenhuma insinuação após ter o registro negado."
A senadora criticou a "antecipação prematura" das eleições por parte de outros candidatos, mas disse que é inevitável com a aproximação de 2014. "Esse é o momento de discutir as propostas e o Brasil que queremos. É isso que a Rede-PSB está fazendo ainda que tenha candidato colocado, mas não foi ele (Eduardo Campos) que fez a antecipação", rebateu.
Marina ainda afirmou que a polarização PT-PSDB pode ser quebrada pela população, que para ela, contribuiu com o processo eleitoral em 2010, quando a senadora alcançou mais de 20 milhões de votos no primeiro turno. "Todos apostavam que ia ser um plebiscito entre a Dilma e o Serra e a população transformou a eleição em um processo político. Todos achavam que ia ser um embate em uma arena entre dois gerentes, mas a população fez com que tivesse um debate entre todos candidatos."