Por doze votos a favor, três contra e uma abstenção, a executiva nacional do PMDB decidu no início da noite desta terça-feira integrar oficialmente a base do governo na Câmara e no Senado.
Com a adesão, o governo passa a ter maioria suficiente no Congresso para aprovar as reformas constitucionais.
O líder do partido na Câmara, Eunício Oliveira, disse que no máximo dez deputados são contra a participação do PMDB na base e devem permanecer na oposição.
Leia mais:
Câmara de Londrina faz entrega simbólica de reforma da sede oficial
TCE revoga cautelar que suspendia licitação para compra de uniformes em Londrina
Lidia Maejima é homenageada pela Assembleia Legislativa do Paraná
Câmara de Mandaguari discute Projeto de Emenda à Lei Orgânica
Já no Senado, é quase unânime a posição dos parlamentares favoráveis a se incorporarem a base governista, informou o líder do partido Renan Calheiros.
"O PMDB vai dividir responsabilidades de governo. Você não pode dividir responsabilidade de governo se não for governo e, a partir de agora, o partido está se integrando à base de sustentação congressual e ao próprio governo, conseqüentemente dividindo responsabilidades", afirmou Calheiros.
O líder pemedebista no Senado acrescentou que o acordo para integrar a base governista tem o objetivo comum que é manter a estabilidade da economia e superar "o nosso fracasso social".
Quanto à participação peemedebista com cargos no governo, Calheiros disse que o partido não vai postulá-los agora. Apesar disso, ele falou que o PMDB deverá ganhar vagas na primeira reforma ministerial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Para Calheiros, a participação peemedebista no primeiro escalão do governo é "natural", já que o partido é o maior da base governista.