Os vereadores de Londrina votam hoje o relatório final da Comissão de Ética que prevê punição ao vereador Rodrigo Gouvêa por suposta contratação de funcionária fantasma. Como sanção, a comissão pediu apenas a "suspensão da prerrogativa regimental de uso da palavra, nos períodos do Grande Expediente e de Explicações Pessoais por trinta dias". Ou seja, durante um mês, ele só poderá falar durante as votações de projetos de lei.
O vereador Roberto Fú, relator da Comissão de Ética, lembrou que no parecer final havia qualificado a ação de Gouvêa como "ato incompatível" com a função de vereador, mas a maioria entendeu se tratar de "ato atentatório ao decoro parlamentar", que enseja punição bem menor. "Manter uma funcionária recebendo dinheiro público para aparecer duas, três vezes por semana no gabinete é muito grave; é falta de respeito com o dinheiro público", criticou Fú em entrevista à Rádio Paiquerê AM.
O vereador a "punição" é insignificante. "Na minha opinião, (a sanção) é muito pouco. A população esperava uma resposta mais rígida da Câmara, mas, infelizmente, a maioria escolher o "ato atentatório", comentou.
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Para o vereador, a sanção mínima a Gouvêa só faz aumentar a descrédito da Câmara junto à população. "Digo, sem medo de errar, que a população está perdendo o pouco que resta de credibilidade na Câmara, ou melhor, não na instituição, mas naqueles que compõem um grupo de vereadores". E continuou: "Porque os escândalos estão acontecendo constantemente e poucos veradores estão preocupados em agir de forma mais rígida. E isso causa decepção às pessoas que esperavam um pouco mais dessa legislatura. Para muitos, as sanções da Câmara viraram piada".