Um dia depois da prisão de dirigentes da Federação Internacional de Futebol (Fifa), entre os quais o ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) José Maria Marin, foi lido no plenário do Senado pedido de criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a CBF e o comitê organizador local da Copa do Mundo Fifa 2014.
A iniciativa é do senador Romário (PSB-RJ), que reuniu 53 assinaturas para criação do colegiado. Agora, os senadores têm até meia-noite para desistir de apoiar a criação da comissão, mas, se pelo menos 27 parlamentares mantiverem as assinaturas, a CPI será criada. A comissão terá sete titulares, indicados pelos líderes partidários, de acordo com a proporcionalidade das bancadas.
"Este é o momento de moralizarmos o nosso futebol e não podemos perder a oportunidade. Esperamos desmontar a caixa-preta que existe dentro da CBF", disse Romário que, durante a carreira no futebol jogou em vários times e foi titular da seleção brasileira.
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A comissão terá 180 dias para investigar possíveis irregularidades em contratos de partidas da seleção brasileira de futebol, de campeonatos organizados pela CBF, assim como da Copa das Confederações em 2013 e da Copa do Mundo de 2014. Marin será investigado por envolvimento em negociação de propinas no valor de R$ 346 milhões pela cessão dos direitos de transmissão da Copa América até 2023.