O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu nesta sexta-feira, o Prêmio Príncipe de Astúrias, na categoria Cooperação Internacional.
Lula não escondeu a emoção com a homenagem, e usou cerca de 15 minutos de seu discurso para defender, mais uma vez, o combate à fome e o fim das desigualdades sociais. Estes foram os motivos, segundo o próprio presidente, de sua escolha para a premiação.
Lula defendeu o diálogo como um instrumento para o fim das diferenças entre pobres e ricos. "O absolutismo econômico e o fanatismo cego ignoraram os valores morais, essenciais à humanidade. Há hoje um perigoso acúmulo de tensão entre a opulência, que não reparte, e a miséria, que não regride", enfatizou.
Leia mais:
Câmara de Londrina faz entrega simbólica de reforma da sede oficial
TCE revoga cautelar que suspendia licitação para compra de uniformes em Londrina
Lidia Maejima é homenageada pela Assembleia Legislativa do Paraná
Câmara de Mandaguari discute Projeto de Emenda à Lei Orgânica
O presidente disse que antes de oferecer respostas para os problemas, os homens públicos devem ouvir as perguntas do mundo atual. E questionou o por que das condições de vida de 1 bilhão de seres humanos, que vivem com menos de um dólar por mês, serem idênticas ou piores do que as que existiam há mais de 20 anos.
"A diferença entre os 20% mais ricos e os 20% mais pobres equivalia a 30 vezes nos anos 60. Agora, na virada do milênio, saltou para 74 vezes. Estamos falando de um retrocesso, não de um mero descompasso", disse.
O presidente defendeu que as práticas protecionistas devem ser derrubadas e a exclusão social erradicada. "Miséria e fome não são uma falha técnica. Não serão superadas pela descoberta de um novo engenho, nem pelos mecanismos de mercado", afirmou.
Fonte: Agência Brasil