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Reconhecimento

Emocionado, Lula recebe Prêmio Príncipe de Astúrias

Redação - Folha de Londrina
24 out 2003 às 16:30

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Brasileiros exibem faixas para Lula em frente ao local de entrega do prêmio - Antônio Milena/ABr
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu nesta sexta-feira, o Prêmio Príncipe de Astúrias, na categoria Cooperação Internacional.

Lula não escondeu a emoção com a homenagem, e usou cerca de 15 minutos de seu discurso para defender, mais uma vez, o combate à fome e o fim das desigualdades sociais. Estes foram os motivos, segundo o próprio presidente, de sua escolha para a premiação.

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Lula defendeu o diálogo como um instrumento para o fim das diferenças entre pobres e ricos. "O absolutismo econômico e o fanatismo cego ignoraram os valores morais, essenciais à humanidade. Há hoje um perigoso acúmulo de tensão entre a opulência, que não reparte, e a miséria, que não regride", enfatizou.

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O presidente disse que antes de oferecer respostas para os problemas, os homens públicos devem ouvir as perguntas do mundo atual. E questionou o por que das condições de vida de 1 bilhão de seres humanos, que vivem com menos de um dólar por mês, serem idênticas ou piores do que as que existiam há mais de 20 anos.

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"A diferença entre os 20% mais ricos e os 20% mais pobres equivalia a 30 vezes nos anos 60. Agora, na virada do milênio, saltou para 74 vezes. Estamos falando de um retrocesso, não de um mero descompasso", disse.


O presidente defendeu que as práticas protecionistas devem ser derrubadas e a exclusão social erradicada. "Miséria e fome não são uma falha técnica. Não serão superadas pela descoberta de um novo engenho, nem pelos mecanismos de mercado", afirmou.

Fonte: Agência Brasil


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