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Internado no domingo

Estado de saúde de Cachoeira é grave, diz médico

Agência Estado
26 nov 2012 às 22:02

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Há um clima de apreensão e ansiedade cercando o contraventor Carlos Augusto Ramos de Almeida, o Carlinhos Cachoeira, acusado de chefiar a máfia dos caça-níqueis em Goiás. Após ser internado na noite de domingo com um quadro clínico de diarreia e transtorno de conduta, médicos do Instituto de Neurologia de Goiânia, localizado no Setor Bueno, bairro nobre de Goiânia, descobriram que os cabelos brancos de Cachoeira devem-se a um envelhecimento precoce.

"Ele envelheceu de cinco a seis anos no período em que ficou preso", avaliou o médico hematologista César Leite. "O estado dele é grave, cronicamente." Carlos Cachoeira foi preso em 29 de fevereiro, durante a Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, que provocou grande abalo na quadrilha chefiada por Cachoeira que controlava uma rede de jogos ilegais em Goiânia. No total, ficou 266 dias encarcerado.

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Após Cachoeira realizar uma bateria de exames, Leite anunciou uma ligeira melhora no quadro clínico do paciente no fim da tarde desta segunda-feira (26). A expectativa é que ele receba alta na quinta-feira. Outras surpresas se somaram ao quadro de envelhecimento precoce e magreza, desenhado pelos médicos. O médico psiquiatra Salomão Rodrigues diagnosticou no contraventor sintomas de transtorno de conduta e stress agudo, o que provoca no paciente períodos de agitação e depressão. O cardiologista Roberto Las Casas acrescentou que Cachoeira é portador de taquicardia supraventricular e síncope, mal que gera a perda súbita da consciência. Por fim, o hematologista César Leite anunciou que ele terá de se recuperar da severa perda de peso - 19 quilos em 266 dias -, além da desidratação.

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Ao novo drama de Carlinhos Cachoeira soma-se agora o indiciamento, por corrupção ativa, da mulher dele, Andressa Mendonça, que teria tentado constranger o juiz Alderico Rocha Santos, da 5.ª Vara da Justiça Federal em Goiânia, onde tramita o processo contra Cachoeira e mais 80 pessoas presas durante a Operação Monte Carlo.


Para o advogado de defesa de Andressa, Ney Moura Teles, tanto o indiciamento pelo delegado federal Raul Alexandre Marques de Souza quanto a representação do Ministério Público Federal "são fruto de perseguição, senão de desvario", disse em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, no sábado.

Com o passaporte recolhido na semana passada, impedido de sair de Goiânia sem autorização da Justiça, e à espera de novas condenações, desta vez decorrentes da Operação Saint-Michel, derivada da Monte Carlo, que poderão ser anunciadas antes do Natal, o contraventor Carlinhos Cachoeira se diz cercado de problemas desde que veio à tona o escândalo dos caça-níqueis.


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