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Protesto

Garotinho cria decálogo da greve de fome

Redação -Bonde
02 mai 2006 às 11:07

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O pré-candidato do PMDB à Presidência Anthony Garotinho - em greve de fome desde as 17 horas de domingo (30) em protesto às denúncias veiculadas pela imprensa envolvendo seu nome e o da governadora Rosinha Matheus em supostas irregularidades vinculadas à pré-campanha pelo PMDB e à administração estadual - criou uma espécie de 10 mandamentos para sua greve de fome. Num papel, visto através da porta de vidro que separa a sala do diretório do partido onde o ex-governador do Rio jejua da imprensa, era possível enxergar a lista de afazeres durante o protesto.

O primeiro é divulgar uma nota por dia; segundo, atos dos prefeitos; terceiro, pronunciamentos na Câmara/Senado; quarto, notas para jornalistas; quinto, movimentos na rua contra as Organizações Globo; sexto, nota de aliado (nome ilegível); sétimo, movimento de evangélicos; oitavo, desmentir (as denúncias) ponto a ponto; nono, processo contra a revista Veja; décimo, publicar carta.

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Em seu segundo dia de jejum Garotinho recebeu várias visitas. Entre elas, do ex-presidente do BNDES Carlos Lessa; do presidente da Associação Brasileira de Imprensa, Maurício Azedo; do desembargador Siro Darlan; da juíza do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) Alda Soares de Castro; de pastores e políticos aliados.

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Rosinha chegou à sede do PMDB às 12h, acompanhada de quatro dos nove filhos do casal. A família abraçou e beijou o ex-governador e, em seguida, orou. Logo depois, às 12h20, foi liberado o primeiro boletim sobre seu estado de saúde. O médico particular de Garotinho, Abdu Neme, relatava que ele está lúcido, orientado, sem febre, hidratado e que perdera 700 gramas de peso, passando de 89,9 quilos para 89,2.

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Religiosos reprovam o recurso extremo


A greve de fome do pré-candidato do PMDB foi criticada por religiosos. Eles avaliam que o ex-governador está usando de má-fé para desviar o foco das acusações feitas contra ele.

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Em entrevista coletiva para anunciar a medida, Garotinho disse que este é o ‘último recurso em defesa da verdade’ e disse que o ‘sacrifício’ só vai terminar quando for ‘instituída uma supervisão internacional no processo político eleitoral brasileiro, assegurando a igualdade de tratamento a todos os candidatos; com acompanhamento de instituições nacionais que tradicionalmente defendem a democracia’.


Outra condição imposta para o fim da greve é ‘que os veículos de comunicação que nos caluniam (Organizações Globo, revista "Veja" e o jornal "Folha de S. Paulo") cedam o mesmo espaço para que a população possa conhecer a verdade dos fatos’.

Fonte: O Dia e Agências


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