O governo do Estado tem esperança de resgatar, até outubro, as ações da Copel que estão caucionadas no Banestado/Itaú como garantia de operação financeira com títulos públicos de Alagoas, Santa Catarina, Osasco (SP) e Guarulhos (SP). As negociações se intensificaram com o governo alagoano, o maior devedor com R$ 280 milhões, segundo o secretário da Fazenda, Ingo Hubert. Se não conseguir, o Itaú terá em seu poder 30% das ações da Copel.
O secretário esteve há duas semanas em reunião em Alagoas. "As negociações caminham bem. O governador Ronaldo Lessa quer pagar. Talvez tenhamos novidades até o leilão", disse Hubert.
Alagoas e demais Estados e municípios venderam títulos públicos para a Banestado Corretora, em 1996. Os papéis eram fraudulentos, como comprovou mais tarde a CPI dos Precatórios. Quem estava com os títulos ficou com o "mico".
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Na venda do Banestado, o Banco Central obrigou o Estado a assumir a dívida de R$ 430 milhões. Como não tinha dinheiro para recomprar os títulos, o governador Jaime Lerner colocou ações da Copel como garantia do pagamento. O resgate venceu em dezembro de 2000, mas o Itaú prorrogou o prazo até março de 2002.
Os Estados e municípios são obrigados a recomprar os papéis, mas alegam não ter dinheiro. "Alagoas refinanciou sua dívida com o governo federal. Se eles resgatarem os títulos irão gastar mais de 23% da arrecadação com o serviço da dívida, enquanto o normal é 13%. É isso que está emperrando", disse o secretário José Cid Campêlo Filho.