O secretário-chefe da Casa Militar, coronel Luis Antonio Borges Vieira, vai depor hoje na CPI da Telefonia na Assembléia Legislativa. A convocação do coronel Vieira foi aprovada por unanimidade na primeira reunião da comissão, nesta quarta-feira. No entanto, os deputados esperavam ouvir hoje, a partir das 14 horas na Sala das Comissões, apenas os depoimentos do cabo Luiz Antonio Jordão e do soldado Afrânio de Sá, militares citados em inquérito como mandantes de escutas telefônicas ilegais - considerados pela CPI como peças-chave no caso.
O presidente da comissão, Tony Garcia (PPB), disse que o coronel Vieira confirmou presença. A CPI vai ouvir também o advogado criminalista Peter Amaro de Sousa (que defende os dois policiais militares citados no inquérito). O presidente da CPI disse que a segurança dos quatro estará garantida.
Eles serão ouvidos em separado, mas Garcia não descarta a possibilidade de fazer posteriormente uma acareação entre o cabo Jordão e o coronel Vieira. O deputado disse ainda que a CPI pode convocar a ex-secretária da Administração, Maria Elisa Paciornik, o secretário especial de Chefia de Gabinete Gerson Guelmann e o governador Jaime Lerner (PFL). "Tudo depende do rumo que esses depoimentos tomarem. Não podemos ser irresponsáveis. Se descobrirmos que as escutas foram feitas a mando do Palácio Iguaçu, a chefia do Executivo também terá que prestar explicações".
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Na quarta-feira, também foram aprovadas as convocações dos técnicos em telefonia Gilberto Maria Gonçalves (ex-funcionário do Palácio Iguaçu) e João Batista Cordeiro (instalador da empresa de telefonia GVT, preso em flagrante fazendo um grampo em uma distribuidora de petróleo).