O Comando do Policiamento da Capital (Copom) abriu um Inquérito Policial Militar (IPM) no ano passado para investigar desvio de conduta do sargento da PM, Jorge Luis Martins. O estatuto da PM proíbe que policiais em serviço sejam contratados pela iniciativa privada. O IPM 088/2000 foi encerrado em janeiro desse ano com a solicitação de exoneração do policial.
O sargento está recorrendo da decisão ao governador do Estado. Ele diz que foi contratado pelo banco por determinação do comando da polícia. Segundo o advogado do sargento, Maurício Mota Canto, o militar teria agido "sob ordens expressas do comando". O advogado afirma ter certeza que ele conseguirá reverter a exoneração.
Diante das acusações, o sargento relatou todas as ações do centro de inteligência do HSBC no IPM. Cópia desse material foi repassado ao Sindicato dos Bancários que decidiu abrir um processo civil contra o banco. O Sindicato também informou o Banco Central sobre as possíveis atividades ilícitas.
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Diante da gravidade das denúncias, os deputados da CPI da Telefonia decidiram convocar todos os citados no IPM e no processo movido pelo Sindicato dos Bancários nas próximas semanas. Para a reunião da próxima quinta-feira serão convocados a depor o chefe da casa militar, coronel Luiz Antonio Borges Vieira, e o secretário especial da chefia do gabinete do governador, Gerson Guelman.
Na outra semana serão convocados o sargento exonerado da PM e diretores da empresa CIE, que prestavam serviços ao HSBC.
A Comissão também possui cópias de Recibos de Pagamentos de Autônomos (RPA) do HSBC a delegados da polícia civil, policiais militares e federais. Os deputados querem explicações do banco sobre o motivo desses pagamentos e se eles não ferem os estatutos policiais.
Leia mais sobre a CPI dos Grampos na Folha do Paraná/Folha de Londrina desta quarta-feira