O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que vê "com tranquilidade" a formação do bloco na Câmara - de 202 deputados - integrado pelo PMDB, PP, PR, PTB e PSC. No entanto, ele deixou claro que o bloco ainda não está consolidado, e que o PT não aceitará provocações.
"A política é como o leito de um rio. Se a gente não for um ''desmancha-ambiente'', a gente deixa a água correr tranquilamente e tudo vai se colocando de acordo com o que é mais importante. Se as pessoas tentam, de forma conturbada, mexer na política, pode não ser muito bom. Eu acho que a hora é dos partidos começarem a discutir, porque tem 48% de renovação na Câmara, tem (renovação) no Senado, quem é que vai ser presidente da Câmara, quem é que vai ser do Senado", declarou Lula. "Acho que o papel dos partidos é conversar."
O objetivo do PMDB em articular o bloco com partidos da base aliada era isolar o PT na Câmara e deixar a presidente eleita, Dilma Rousseff, refém dos interesses dessas legendas.
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Lula disse que não se assusta com a posição do PMDB, de exigir mais cargos do que possui hoje no governo. "O papel dos partidos agora é de conversar, conversar e conversar. Porque tem muita coisa para ser feita e, quando começar (o governo Dilma), nós temos de votar a reforma política. Temos de começar a debater isso."
Para Lula, o importante é que o país vive uma situação de "tranquilidade". Ele também afirmou que "a eleição da Dilma foi uma coisa importante para o Brasil. Pelo fato de ela ser mulher é uma coisa extremamente importante, é algo a mais."