A Central Única dos Trabalhadores (CUT) fez na tarde desta quinta-feira (27), junto com sindicatos e movimentos sociais, uma manifestação pedindo a instauração de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) para apurar as denúncias de irregularidades nas emendas ao orçamento da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). O requerimento para a criação da CPI já foi assinado por 30 deputados. Com isso, faltam apenas duas adesões para que a comissão seja efetivada.
Mais cedo, os deputados encaminharam ao Ministério Público documentação e depoimentos colhidos pelo Conselho de Ética que foi criado para apurar as denúncias de irregularidades. Depois da apuração pelo órgão, os resultados devem ser remetidos ao conselho para providências.
Em entrevista ao jornal Folha da Região, o deputado Roque Barbiere (PTB) disse que entre 25% e 30% dos parlamentares recebem propina de prefeituras e empresas para propor emendas ao orçamento. O denunciante não citou, entretanto, os nomes dos deputados que participam do esquema. Cada deputado paulista tem o direito de indicar o repasse de até R$ 2 milhões em verbas para obras e projetos de interesse dos seus redutos eleitorais.
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O secretario de finanças da CUT Nacional, Vagner Freitas, é contra a transferência das investigações para o Ministério Público, porque, segundo ele, não permite que a população acompanhe a apuração. "Nós não votamos no Ministério Público. Respeitamos, é uma instituição importante, mas quem foi eleito são os parlamentares. São os parlamentares que têm que prestar contas do que fazem para a população".