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Manifestantes cogitaram invadir Palácio Iguaçu

Dimitri do Valle - Folha do Paraná
16 ago 2001 às 08:48
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Um dos manifestantes que envolveu-se no confronto do início da tarde de ontem tomou o cassetete do policial que o agrediu. Estanislau Boreck Neto, 24 anos, aluno de Filosofia da Universidade Estadual de Londrina (UEL), foi atingido nas costas e na barriga. "Ele começou a me dar com a ponta do cassetete na barriga e depois me bateu nas costas. Aí eu puxei das mãos dele", afirmou.
Boreck Neto jogou a arma na calçada da praça em frente à Assembléia. O estudante disse ter perdoado o policial que o atingiu. "Eles (PMs) não são culpados, são trabalhadores oprimidos e explorados, apesar de estarem equivocados. A culpa mora aí em frente, no Palácio Iguaçu, que abriga um governo falido e corrupto."
Os estudantes que tomaram a Assembléia chegaram a planejar a invasão do Palácio Iguaçu. A revelação foi feita por Madson de Oliveira, presidente da União Paranaense dos Estudantes (UPE). "Chegamos a discutir a invasão, mas a prioridade ficou mesmo em entrar na Assembléia, onde estão os deputados submissos às vontades do Palácio."
Segundo o presidente do PC do B no Estado, Milton Alves, os líderes estudantis planejaram há cerca de uma semana a invasão do parlamento. "Não havia outra saída. O jogo bruto do governo, com compra de deputados e polícia proibindo a nossa entrada na Casa, só aguçou mais a indignação de todos."
O coordenador executivo do Fórum Popular Contra a Venda da Copel, Nelton Friedrich, afirmou que a ocupação do plenário representou "a trincheira de resistência popular contra os vendilhões do Paraná". Ele acusou o deputado Hermas Brandão (PTB) de ser um dos responsáveis pelo tumulto. "O deputado atropelou o regimento interno e não quis parar a sessão. Tudo isso poderia ser evitado."
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