O Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST) assumiu a responsabilidade política pela manifestação da última terça-feira (6) na Câmara dos Deputados, mas não pelos atos de vandalismo no Congresso. A informação foi dada nesta quinta-feira (08) por um dos líderes do MLST, Jutair Moraes, em entrevista coletiva à imprensa.
"Aqueles que cometeram excesso vão ter que pagar. Se é defensável ou não, são vocês que vão dizer. O que ocorreu, ocorreu. Tivemos problemas, mas a responsabilidade é cada um", disse.
Moraes afirmou que a coordenação do MLST não planejou os atos que causaram prejuízos de quase R$ 100 mil ao Congresso. "A nossa ação era para ir até o salão de festas [Salão Verde], entregar a pauta de reivindicação, entrar no ônibus e voltar para os estados", afirmou.
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Em uma agenda apreendida por policiais em poder de Bruno Maranhão consta que o MLST teria gasto R$ 82.790 mil na organização da invasão à Câmara.
Ele explicou que a confusão começou porque já havia uma tensão com os seguranças da Casa por causa de outras manifestações no mesmo dia. "Numa ação que envolve um grande número de pessoas, há o risco de ter problemas com as pessoas mais exaltadas, que não conseguem se controlar".
A fita divulgada sobre o planejamento da manifestação, segundo o líder do MLST, não mostra em nenhum momento uma ordem como "entrem e quebrem tudo". Ele disse que as pedras e barras de ferro que aparecerem em imagens jornalísticas vieram de uma obra de construção ao lado da entrada do Anexo 2 da Câmara dos Deputados. "Não estamos justificando os excessos, as pessoas do movimento que tiverem culpa vão ter que pagar", afirmou.
Moraes esclareceu também que não existe hierarquização dentro do movimento ou mesmo uma única pessoa responsável pelo planejamento das ações. São 45 membros da coordenação nacional espalhados pelos estados no país que gerenciam as finanças e as manifestações do MLST. "Bruno Maranhão não coordena o movimento, ele é da executiva do PT. Ele é apenas um dos membros da militância do MLST", conclui.
Informações da ABr e Agência Estado