A bancada do PT na Câmara deverá indicar o deputado federal Marco Maia (PT-RS) como candidato à presidência da Câmara para os próximos dois anos. Maia e o deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), ex-presidente da Casa, se aliaram contra o candidato Cândido Vaccarezza (PT-SP), líder do governo na Câmara.
Neste momento, Vaccarezza está reunido com seu grupo para avaliar se mantém a candidatura e enfrenta a disputa no voto ou se retira a candidatura. A reunião da bancada petista deve começar daqui a pouco. Essa dificuldade em escolher o candidato mostra uma divisão na bancada, o que facilita o lançamento de uma candidatura alternativa na disputa pela presidência da Câmara.
Marco Maia é considerado mais vulnerável a pressões partidárias e aos lobbies que atuam no Congresso. Líderes de outros partidos consideram que Maia precisará mais deles do que o candidato paulista. Em relação a Vaccarezza, vigora a perspectiva de que ele teria uma atuação mais firme e consistente na defesa do governo na presidência da Câmara, o que poderia facilitar a administração da presidente eleita, Dilma Rousseff.
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Em meio a essa discussão, petistas alertam para a necessidade de unir a bancada para evitar o efeito "Severino". Em 2005, por conta de uma briga interna entre dois candidatos - Luiz Eduardo Greenhalgh e Virgílio Guimarães -, o partido perdeu a presidência da Câmara para Severino Cavalcante (PP/PE). Caso seja confirmada na reunião da bancada a escolha de Marco Maia, a decisão significará também uma derrota do grupo que sempre comandou e dirigiu os trabalhos no PT.