A Secretaria Municipal de Saúde de Londrina apresenta o terceiro maior gasto do orçamento público municipal e corresponde a 22% da receita, cerca de R$ 40 milhões. Assim como outras cidades-pólo do Paraná, como Cascavel, Maringá e Ponta Grossa - além da Capital, é claro - Londrina apresenta como os problemas mais urgentes no setor a superlotação das UTIs e atendimento insuficiente nos Prontos-Socorros.
Outro dado que também preocupa é o número de casos de Aids no Paraná: de acordo com o boletim epidemológico do Ministério da Saúde, seis municípios paranaenses figuram entre as 100 cidades com maior número de ocorrências - Paranaguá, em 16º, Curitiba, em 31º; Maringá, em 65º; Londrina, em 66º, Ponta Grossa, em 69º e Foz do Iguaçu, em 75º.
O secretário municipal de Saúde de Londrina, Sílvio Luiz Fernandes, reconhece que a posição de Londrina no ranking é preocupante, mas afirma que os órgãos públicos estão empenhados em reverter esses números.
Leia mais:
Novo Código de Obras é debatido em audiência pública na Câmara
Deputados federais de Londrina não assinam PEC e questionam fim da escala 6x1 para trabalhadores
PEC 6x1 ainda não foi debatida no núcleo do governo, afirma ministro
PEC que propõe fim da escala de trabalho 6x1 alcança número necessário de assinaturas, diz Hilton
''A secretaria trabalha sobre dois eixos principais: prevenção e assistência. No primeiro caso, mantemos vários projetos de veiculação de informações para adolescentes e nos preocupamos especialmente com o aumento da incidência entre mulheres e usuários de drogas injetáveis'', explicou Fernandes.
Com relação a superlotação nas UTIs, o secretário afirma que, assim como outras cidades maiores e do mesmo porte de Londrina, a administração está buscando alternativas para aumentar os recursos repassados pelo Sistema Único de Saúde para tentar amenizar os problemas acarretados pela falta de vagas. Fernandes atribui parte dos problemas na Saúde no Paraná à falta de repasse da verba por parte do governo estadual. "Recebemos cerca de 40% do orçamento previsto. Isso corresponde a cerca de R$ 230 milhões dos R$ 570 milhões que seriam repassados."
A assessoria de comunicação da secretaria de Estado de Saúde confirmou cortes no repasse de verbas na Autorização de Internamento Hospitalar nos meses de julho e agosto. A jutstificativa foi de que orçamentos municipais, assim como o estadual, já extrapolou a previsão de gasto para este ano.
Diante desse quadro e das votações no próximo final de semana, o Canal de Eleições do Bonde traz as principais propostas dos candidatos ao governo do Estado.