Os prefeitos que participam da Marcha contra a Reforma Tributária estão recolhendo assinaturas dos parlamentares para viabilizar uma emenda aglutinativa que eleve o Fundo de Participação dos Municípios de 22,5% para 27,5% sobre o Imposto de Renda e o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).
De acordo com o presidente da Confederação Nacional dos Municípios, Paulo Ziulkoski, a emenda poderá incrementar a arrecadação em R$ 18 bilhões, baseado no que foi arrecadado no ano passado.
Segundo Ziulkoski, os prefeitos já recolheram assinaturas de líderes do PMDB, PFL e PCdoB. Neste momento, os prefeitos estão reunidos na Sala Petrônio Portela do Senado.
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A entrada dos prefeitos no Congresso foi autorizada pelo senador Antonio Carlos Magalhães(PFL-BA). Segundo o senador, o governo precisa negociar com PFL e com os prefeitos: "A reforma é do Brasil, e não do governo". Magalhães disse que a situação dos municípios é de penúria e que os prefeitos precisam de apoio.
O líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP), rebateu as críticas dizendo que o governo tomou mais medidas, nos últimos oito meses, do que as que foram ftomadas nos últimos oito anos. "Estamos buscando dividir a carga tribitária atual, dentro de um contexto de dívida pública, e mantendo a responsabilidade solcial da União", afirmou.
Paulo Ziulkoski informou que mais de três mil prefeitos participam do manifesto contra a reforma, mas não tiveram acesso ao Salão Verde da Câmara dos Deputados. Na opinião de Ziulkoski, "os deputados precisam ter a grandeza de deixá-los transitar pela Casa. Se abrirem espaço, não acontecerá nada, mas, se fecharem, é possível radicalizar", frisou.
Ele disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva receberá os prefeitos às 17h30 e que, às 18 horas, o senador Antônio Carlos Magalhães terá encontro com os líderes do movimento.
Sobre comentários de os prefeitos que chegaram tarde para as negociações sobre a reforma tributária, Ziulkoski mostrou indignação: "É um argumento tacanho. Os parlamentares estão aqui para nos representar. O primeiro turno ainda não foi concluido e ainda há tempo de fazer mudanças".
Ziulkoski lembrou que os participantes da marcha vieram, em sua maioria, de ônibus, em horas e horas de viagem. "Estamos aqui e, se não nos atenderem, a próxima marcha virá com o dobro de prefeitos participando", afirmou o presidente da Confederação Nacional dos Municípios.
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