O ex-prefeito Antonio Belinati foi preso hoje (26/07) 77 dias após ter sido detido pela primeira vez, em 4 de maio. Nas duas ocasiões, a prisão de Belinati foi cumprida em seu apartamento, na região central da cidade. A diferença é que anteriormente, segundo seu advogado, Antonio Carlos de Andrade Vianna, o ex-prefeito já estaria esperando pela prisão. Nesta quinta-feira ele foi pego de surpresa.
Da primeira vez, o delegado-operacional da 10ª Subdivisão Policial de Londrina (SDP), Jurandir Gonçalves André, cumpriu mandado de prisão preventiva expedido pelo juiz da 4ª Vara Criminal, Arquelau Araújo Ribas. Além de Belinati, o juiz decretou que outras seis pessoas fossem presas: os ex-secretários Gino Azzolini Neto (Governo) e Wilson Mandelli (Governo e Administração); Carlos Zavierucha (o Carlos Junior, ex-assessor de Belinati); Rubens Pavan (ex-presidente da Sercomtel) e os empresários curitibanos Arion Santos Cruz e Solano da Ros.
A prisão foi decretada a pedido do Ministério Público (MP), sob acusação de formação de quadrilha, peculato e falsificação de documentos. Na denúncia, os promotores pediram a prisão de 21 pessoas, dos 36 acusados de participar de licitações fraudulentas na Autarquia Municipal do Ambiente (AMA) e na extinta Companhia Municipal de Urbanismo (Comurb, hoje CMTU). Pelos cálculos do MP, os desvios teriam sido de R$ 1,7 milhão.
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No mesmo dia em que Belinati foi preso, também foram detidos Mandelli e Pavan, que encontrava-se em São Paulo. Mandelli ficou preso na mesma cela que o ex-prefeito, no 2º DP. Pavan conseguiu permanecer em prisão domiciliar, alegando problemas de saúde. Já Azzolini Neto só apareceu em público no dia 16 de maio, quando conseguiu adiar seu interrogatório na 4ª Vara Criminal. Após ter tido a prisão preventiva decretada, o ex-secretário de Governo não foi localizado pela polícia. Azzolini Neto reapareceu depois de conseguir liminar no TJ. Atualmente, ele está foragido.
Belinati e Mandelli deixaram a prisão no dia 10 de maio, após o desembargador do TJ, Otto Sponholz, conceder liminar cassando as prisões preventivas. A liminar também revogou a prisão de Pavan e Santos Cruz. No despacho, Sponholz entendeu que nenhum dos presos representava perigo contra a ordem pública. Nos mais de dois meses entre uma prisão e outra, Belinati permaneceu na cidade e voltou, inclusive, a apresentar programa que vinha mantendo na Rádio Londrina.