A executiva nacional do PSDB discute hoje uma possível intervenção no diretório paranaense, que teria como objetivo afastar o atual presidente da legenda no Estado, Luiz Carlos Hauly, ligado ao grupo do senador Alvaro Dias. O senador enfrenta processo de expulsão do partido por ter assinado requerimento para criação da CPI da Corrupção, que pretende investigar desvios no governo do presidente Fernando Henrique Cardoso. Por causa do episódio, o irmão de Alvaro, o também senador Osmar Dias, deixou o partido.
Hauly negou ontem com veemência a intervenção no diretório e reiterou que não existe essa possibilidade. Irritado, o deputado federal garantiu que os problemas no ninho tucano já foram superados no Paraná. ‘Isso aqui não é a casa da Mãe Joana, esse partido tem presidente’, disse Hauly.
Segundo ele, a reunião –confirmada pela executiva em Brasília– tratará somente do caso do Espírito Santo, governado pelo ex-tucano José Ignácio Ferreira. O pedido de desligamento do partido feito pelo governador foi aceito pelo PSDB, mas não está descartada a intervenção no diretório estadual capixaba.
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Pivô da crise no PSDB paranaense, o senador Alvaro Dias tentou mostrar tranquilidade ontem e afirmou que não sabia da reunião da executiva. Em entrevista à Folha na semana passada, Alvaro confessou que gostaria de permanecer no partido, que ajudou a fundar e estruturar no Estado. Uma possível saída da legenda pode atrapalhar seus planos de concorrer à sucessão de Jaime Lerner (PFL) na eleição do próximo ano.
Se a intervenção for confirmada, o PSDB paranaense pode ser assumido pelo deputado federal Basílio Villani. A Folha tentou contato ontem com o parlamentar, mas segunda sua assessoria, ele estava em reunião.