O senador Aécio Neves (MG), pré-candidato do PSDB à Presidência da República no ano que vem, afirmou nesta quinta-feira que os tucanos apoiariam os peemedebistas para o comando do Senado se o líder do PMDB na Casa, Renan Calheiros (AL), não fosse o candidato. A bancada do PSDB reúne-se na tarde desta quinta-feira para decidir qual será a posição na eleição para a Mesa Diretora do Senado, marcada para esta sexta-feira (01). A escolha será realizada em votação secreta.
"Facilitaria se o PMDB colocasse um candidato que tivesse o apoio de todo mundo. O Senado precisa respirar e o senador Renan não é nome que representa esse sentimento de independência e renovação. Não é nada pessoal, mas acima de tudo está a instituição", afirmou Aécio, na entrada do encontro.
No início da semana, o senador mineiro já havia divulgado nota em que defendia a renúncia de Renan Calheiros como candidato dos peemedebistas para suceder José Sarney (PMDB-AP). Na entrada da reunião da bancada, Aécio conversou com o colega de partido Flexa Ribeiro (PA), que pode perder o cargo de primeiro secretário, espécie de prefeito do Senado, na próxima Mesa Diretora.
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Aécio Neves também falou com Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), que pode abrir mão da liderança em favor do senador Aloysio Nunes Ferreira (SP). Aliado do ex-governador de São Paulo José Serra, Nunes Ferreira é tido como peça fundamental para acomodar a ala paulista do partido numa eventual candidatura de Aécio à Presidência da República.
A bancada do PMDB também está reunida na tarde desta quinta para oficializar o nome de Renan Calheiros à Presidência do Senado. O líder do PMDB renunciou ao cargo no final de 2007 para evitar a cassação do seu mandato. Na semana passada, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, denunciou Calheiros pelos crimes que o levaram a abdicar do comando da Casa, o que aumentou a pressão contrária a sua candidatura.