O aval do PT nacional para o prosseguimento das negociações com o PL e setores do PMDB que fazem oposição ao governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB) empolgou em parte o PT paranaense. Os petistas sentem mais afinidade com os peemedebistas, e não querem aliança com o PL. A rejeição, aliás, é recíproca.
''Coligando com o PL, perdemos mais do que ganhamos votos'', avalia o pré-candidato do PT ao governo, deputado federal Padre Roque Zimmermann. Ele disse que trabalha para costurar uma aliança com o PMDB no Estado. A empreitada, entretanto, esbarra em um grave empecilho. O PMDB também tem pré-candidato ao Palácio Iguaçu, o senador Roberto Requião, presidente estadual da sigla. Por isso, Requião descarta composição com o PT.
Nos bastidores, entretanto, partidos trabalham com a tese de que Requião vai acabar disputando a reeleição, alterando as negociações das coligações.
Leia mais:
Câmara de Londrina faz entrega simbólica de reforma da sede oficial
TCE revoga cautelar que suspendia licitação para compra de uniformes em Londrina
Lidia Maejima é homenageada pela Assembleia Legislativa do Paraná
Câmara de Mandaguari discute Projeto de Emenda à Lei Orgânica
Padre Roque disse que ''seria ótimo'' se o PMDB concordasse em ocupar a vice na chapa majoritária - possibilidade rechaçada por boa parte dos peemedebistas, entusiastas da candidatura própria.
Apesar de não gostar da idéia, o pré-candidato petista prometeu não colocar obstáculos a uma possível coligação com o PL caso essa seja a determinação das cúpulas nacionais. O deputado, ordenado padre em Roma em 1966, afirmou que o repúdio ao PL não tem caráter religioso. ''Não é uma questão de igreja, é de partido''. Padre Roque quer ainda o apoio do PC do B e do PV.
Para o deputado estadual Orlando Pessuti (PMDB), o partido ''deixa de buscar com tanta intensidade'' uma aliança com os petistas porque a legenda tem pré-candidato. ''Vamos continuar buscando apoio do PPS e PDT'', completou. Na avaliação do deputado, não estão descartadas conversas com o PL.
As negociações permanecem prejudicadas enquanto o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o Supremo Tribunal Federal (STF) não se pronunciarem sobre a verticalização das alianças. A manifestação do TSE é esperada para hoje.