A bancada federal do PTB quer que a vice-governadora do Paraná, Emília Belinati (PTB) deixe o partido, antes que a executiva peça seu afastamento. Os petebistas temem que a prisão do marido de Emília, o ex-prefeito cassado de Londrina Antonio Belinati (sem partido), prejudique a imagem da sigla.
Belinati foi preso na sexta-feira passada por desvios de recursos públicos. O presidente nacional do partido, José Carlos Martinez, concedeu prazo até a próxima quarta-feira para que a vice-governadora se desfilie, caso contrário a executiva nacional decide em reunião pelo desligamento de Emília. As discussões em torno da desfiliação da vice do partido tomaram corpo na época da cassação do ex-prefeito, em junho do ano passado.
A bancada estadual evita comentar o assunto mas, nos bastidores, alguns admitem que a permanência de Emília no cargo e no partido tem causado desconforto. O presidente da Assembléia Legislativa, Hermas Brandão (PTB), disse apenas que este é um "momento delicado".
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Emília ficou magoada por não ter sido comunicada pelo partido. Ficou sabendo pela imprensa. "Apesar do Martinez sempre ter agido como o dono do partido não acredito que ele agiria de forma tão covarde", retrucou.
A vice não disse se permanece ou deixa o partido. No entanto, sua insatisfação com o PTB vem aumentando nos últimos meses. Fontes próximas afirmam que Emília pretende sair por vontade própria em breve e só não deixou o partido ainda em respeito aos deputados estaduais que a apóiam.
O secretários dos Transportes e ex-presidente da Assembléia, Nelson Justus (PTB) defende a permanência de Emília. Justus avalia que ela não prejudica a imagem do partido e que é preciso ter cuidado com precipitações. "Nada foi provado contra ela", observou Justus.
Leia mais em reportagem de Maria Duarte, na Folha do Paraná/Folha de Londrina desta quinta-feira