O senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) protocolou hoje (26), na Secretaria-Geral da Mesa Diretora do Senado, requerimento para a criação de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) para investigar denúncias de sonegação fiscal e evasão de divisas envolvendo o banco HSBC. O requerimento tem 33 assinaturas de senadores, número superior ao mínimo de 27 necessárias.
As denúncias envolvendo o banco dão conta de que a filial dele na Suíça ajudou clientes a esconder recursos que poderiam ser de origem ilícita, além de possibilitar práticas de sonegação fiscal. Entre os correntistas envolvidos no esquema estão 8,7 mil brasileiros – o que não significa que todos tenham praticado alguma irregularidade.
"Esse escândalo é de dimensão mundial. De acordo com o [jornal britânico] Financial Times, trata-se do maior caso de evasão fiscal do mundo. É necessário que o Parlamento brasileiro também se manifeste e instaure um procedimento de investigação", disse Randolfe, justificando a necessidade de uma CPI sobre o caso.
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A maior parte dos senadores que assinaram o requerimento para criação da comissão de inquérito são da base governista, mas há também assinaturas dos chamados "independentes", como o PSB.
Com o requerimento protocolado, os senadores têm até a meia noite de hoje para incluir ou retirar assinaturas de apoio à CPI. Depois disso, se o mínimo de 27 assinaturas for mantido, elas serão conferidas pela Secretaria-Geral da Mesa e o requerimento será lido em plenário. Somente a partir daí os partidos serão convidados a indicar os membros para compor a comissão e fazer a instalação dela.