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Saiba quem é Daniel Silveira, deputado que acumulou punições na PM e quebrou placa de Marielle

Italo Nogueira - Folhapress
17 fev 2021 às 11:44
- Divulgação
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A prisão determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), é mais uma na ficha do deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ). O ex-policial militar acumulou punições na corporação que integrava e foi denunciado por uso de atestado médico falso.


As falas ofensivas que levaram à prisão já eram conhecidas pelo comando da Polícia Militar fluminense, que classificou como "mau comportamento" sua postura ao longo da passagem de quase seis anos na corporação.

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Preocupava a PM as publicações de Silveira em sua página no Facebook, em que ofendia líderes religiosos e a imprensa. A ficha também tem registro de faltas e atrasos ao trabalho.

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Foram 54 dias de detenção, 14 repreensões e duas advertências que, para a própria PM, deixaram "cristalina sua inadequação ao serviço policial militar, mesmo tendo recebido inúmeras oportunidades, confirmando ineficiência do caráter educativo".

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O histórico de punições foi revelado pelo site The Intercept em agosto de 2020 e confirmado pela Folha de S.Paulo.


A carreira de PM foi oficialmente interrompida no dia 4 de outubro de 2018, quando sua exclusão da corporação em razão de sua candidatura para Câmara foi publicada no Boletim Interno -como não havia completado dez anos de serviço público militar, ele não poderia se licenciar para concorrer.

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Naquele mesmo dia, ele ganhou notoriedade nacional ao exibir quebrada a placa em homenagem à vereadora Marielle Franco (PSOL) num comício em Petrópolis, sua cidade natal. Estava ao lado do governador afastado, Wilson Witzel (PSC), e do deputado estadual Rodrigo Amorim (PSL-RJ).


Onze anos antes, o deputado teve sua primeira passagem na polícia. Ele foi investigado pelo uso de três atestados médicos falsos para faltar ao trabalho como cobrador de ônibus em Petrópolis.

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Um funcionário do hospital da cidade foi acusado de roubar o carimbo médico e emitir atestados falsos. Daniel disse à polícia que conheceu o suspeito no corredor da unidade após a médica recusar-se a pedir seu afastamento do trabalho por motivos médicos.


Em dois depoimentos à polícia, o deputado disse que, depois disso, sempre ia nos plantões do suspeito para obter os atestados, tendo indicado o mesmo procedimento a colegas do trabalho. Ele afirmou, porém, que acreditava que o acusado fosse médico.

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O Ministério Público denunciou, em abril de 2014, o deputado e outros seis colegas de trabalho da empresa de ônibus Viação Petrópolis por falsidade material de atestado. O caso foi julgado prescrito em 2016, sem punição aos envolvidos.


Contudo a investigação por falsificação –bem como outro registro de boletim em razão de uma briga de rua– levou o setor de pesquisa social da corporação a recomendar a não aprovação de Silveira no concurso de 2010.

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O deputado recorreu à Justiça e conseguiu ingressar nos quadros da corporação de forma definitiva em 2013.


Nos cinco anos na PM, permaneceu como soldado. Ele corria o risco de ser expulso da PM em razão das 60 sanções disciplinares que sofreu, o que lhe rendeu também o selo "mau comportamento" em sua ficha disciplinar.

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"Fica transparecido nos autos em lide, a conduta desviante do revisionado, na medida em que postou vídeos em sua página pessoal da rede social "Facebook" com comentários ofensivos e depreciativos em desfavor de integrantes da imprensa nacional de uma forma geral, em alguns deles durante a execução do serviço, fardado e no interior da viatura, erodindo preceitos éticos em vigor na Polícia Militar e repercutindo negativamente a imagem da corporação", escreveu o comandante-geral da PM, Rogério Lacerda, em boletim de julho de 2019, ao arquivar o processo disciplinar em razão da saída de Silveira da corporação.


Na Câmara dos Deputados, integrou a bancada mais radical do bolsonarismo. Durante a pandemia, foi alvo de ação civil pública do MP-RJ para impedir sua participação em atos contra o fechamento do comércio no Rio de Janeiro.

Silveira se tornou alvo de dois inquéritos na corte -um apura atos antidemocráticos e o outro, fake news. Moraes é relator de ambos os casos, e a ordem de prisão contra o deputado bolsonarista foi expedida na investigação sobre notícias falsas.


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