Política

Sem derrame de santinhos, locais de votação amanheceram limpos em Londrina

02 out 2016 às 16:22

Durante muito tempo as cidades do Brasil inteiro sofreram com o derrame de santinhos e outros materiais publicitários de candidatos a cargos políticos perto dos locais de votação, mas este ano o quadro parece ter mudado. Por todos os locais de votação que os repórteres do Grupo Folhapassaram não havia esse tipo de material nas ruas, calçadas ou mesmo colados em muros.

Mesmo em um dos maiores locais de votação de Londrina, o Colégio Estadual Vicente Rijo, não foi identificado esse tipo de derrame de santinhos, uma cena inédita que se contrasta com as de eleições anteriores em que o lixo se acumulou nas calçadas e nas ruas com material publicitário.


A cena da surpreendente limpeza se repetiu por vários locais, como os colégios Maxi, Universitário, Mãe de Deus, CAIC Dolly Jess Torresin, Albino Feijó, Newton Guimarães, entre outros.


O eleitor Lucas Peresin, que sempre votou no Colégio Newton Guimarães, mostrou-se surpreso com a situação. "Desde a última eleição, o derrame de santinhos já parecia estar mais reduzido. De todo modo, esse ano foi surpreendente, a cidade realmente parece estar limpa, não se vê nenhum panfleto de candidato. Dessa vez quem não veio com o número do candidato anotado, esperando encontrar um santinho na rua, se frustrou."


Anderson Coelho/Grupo Folha


Segundo o chefe de cartório da zona 191, André Madureira, que ficou responsável pela fiscalização da propaganda eleitoral irregular, esse não derramamento de santinhos foi uma recomendação do Ministério Público.


"A promotora de Meio ambiente, Solange Vicentin, se reuniu com os líderes de partido e fez essa recomendação para que não houvesse o lançamento de santinho nas ruas, pois isso acaba sujando a nossa cidade", declara.


Ele explica, no entanto, que não dá para afirmar de maneira contundente que tenha sido esse o motivo para que essas eleições tenham sido mais limpas que as anteriores.


"Pode ter tido conscientização dos candidatos, pode ser que tenha sido o custo de impressão também, já que estamos em um período de crise e entra a questão financeira. Pode ser também porque esse tipo de ação pode trazer eleitores contrários, mas tudo entra no campo da suposição. Não posso afirmar nada", argumenta.


Anderson Coelho/Grupo Folha

(Leia mais na edição impressa da Folha de Londrina desta segunda-feira)


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