O presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná, Ayoub Hanna Ayoub, disse que a categoria quer que o prefeito Homero Barbosa Neto (PDT) diga quem é ou quem são os jornalistas que teriam interesse escusos ao fazer denúncias sobre o problema do lixo em Londrina.
Em entrevista coletiva no dia 3 de março, Barbosa disse havia "gente infiltrada, que tem interesse na manutenção de um monopólio para o descarte de resíduos", citando o suposto envolvimento de jornalistas, empresários e membros do Conselho Municipal do Ambiente, mas não revelou qualquer nome. Ele disse que na hora certa faria "revelações bombásticas" sobre o assunto.
Porém, para Ayoub, sem citar nomes, o prefeito coloca toda a categoria de jornalistas sob suspeita. "A gente não admite que se coloque sob suspeição o trabalho da imprensa e foi por isso que questionamos essa situação", disse à Rádio Paiquerê AM. O sindicalista disse que ainda não recebeu resposta oficial da prefeitura.
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Ayoub também destacou o fato de Barbosa Neto ser jornalista e, por isso mesmo, não pode colocar toda a categoria nesta situação. "O prefeito é jornalista e desempenhou a função durante muitos anos e, aliás, teve essa carreira política graças a fama que adquiriu com seu trabalho na televisão".
Ainda segundo Ayoub Hanna Ayoub, se houver irregularidades no comportamento de algum jornalista, o sindicato poderá ser punido.
Na Câmara
Um requerimento, de autoria do vereador Joel Garcia (PTN), foi aprovado na Câmara Municipal para convidar pessoas para falar sobre a situação do lixo em Londrina e as "declarações bombásticas" de Barbosa.
Foram convidador o empresário Marcelo de Oliveira, dono da empresa Kurica Ambiental, o presidente do Conselho do Ambiente, Fernando Barros, o presidente do IAP, Andrew Pinheiro Neto, a promotora de defesa do Meio Ambiente, Solange Vicentin, e o presidente do Sindicato dos Jornalista, Ayoub Hanna Ayoub.
A audiência foi marcada para a sessão da Câmara do dia 22.
Lixo
Mesmo interditado, o aterro do Limoeiro continuou recebendo resíduos, conforme noticiou a imprensa. Estavam sendo levados para lá materiais recolhidos durante o mutirão da dengue.
A prefeitura também cancelou a licitação do lixo, cujo valor global era de R$ 115 milhões, após recomendação da Promotoria de Defesa do Patrimônio Público.
Hoje o serviço é executado de maneira emergencial para empresa MM, que também patrocina o vôlei em Londrina. (Com informações da Rádio Paiquerê AM)