O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Valdir Rossoni (PSDB), denunciou a existência de uma 'indústria de aposentadorias' na Casa. A revelação ocorreu nesta segunda-feira (14), durante a abertura da reunião do Movimento Pró-Paraná para discutir a Reforma Política. "Montamos uma força-tarefa de diretores que está fazendo o levantamento de cada aposentadoria. Já encontramos o caso de uma pessoa que se aposentou ganhando R$ 4 mil e, da noite para o dia, essa aposentadoria saltou para R$ 17 mil".
Rossoni lembrou que anteriormente havia 360 funcionários comissionados lotados na área administrativa e que apenas 99 foram nomeados pela nova Mesa Executiva, sem prejudicar o funcionamento da Assembleia. Ainda de acordo com o presidente, esse número de comissionados poderá ser reduzido ainda mais com o aproveitamento dos funcionários efetivos, agora integrados ao ritmo normal de trabalho da AL, o que proporcionaria uma economia superior a R$ 3,6 milhões verificada no mês de fevereiro.
E Rossoni destacou outra situação "estranhíssima" na Casa: "Em qualquer setor da vida pública ou numa empresa, existe a ficha funcional. E aqui, nós não temos conhecimento da vida funcional dos servidores. Nós não sabemos quando ele entrou aqui, por que ele foi efetivado, não sabemos por que ele recebeu o enquadramento, não sabemos por que ele recebe gratificações, nós não sabemos de nada".
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O presidente classificou essa experiência como um "vôo no escuro", mas garantiu que o processo de moralização da Assembleia é irreversível. "Por isso tudo, às vezes, nós podemos até cometer injustiças. Mas jamais vamos voltar atrás, e deixar essa Casa da maneira que era. Gostaria de reafirmar e reassumir esse compromisso, e peço que nos fiscalizem e cobrem. Este é um momento decisivo. Avançamos, mas não o suficiente para dizermos: esta é uma Casa de Leis, uma casa de respeito. Nós vamos chegar lá, com a fiscalização permanente da sociedade", completou Rossoni.