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Caso elucidado

Vereadora forja o próprio sequestro no Paraná

Guilherme Batista - Redação Bonde
02 jan 2013 às 18:46

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A vereadora Ana Maria Holleben (PT), reeleita em Ponta Grossa, nos Campos Gerais, forjou o próprio sequestro no início da noite de terça-feira (1º), no trajeto entre o teatro onde ocorreu a cerimônia de posse e a Câmara Municipal, onde seria escolhida a nova Mesa Diretora do Legislativo. A informação foi confirmada pelo delegado do Grupo Tigre, Luiz Alberto Cartaxo, em entrevista coletiva concedida na noite desta quarta-feira (2).

A parlamentar foi 'encontrada' no final da tarde desta quarta. Ela deu entrada por volta das 18h30 na Santa Casa de Ponta Grossa. Segundo informações da rádio Difusora de Ponta Grossa, Ana Maria não apresentava agressão física, mas estaria bastante nervosa. Ela passou por exames com sua médica particular no Hospital Regional, para onde foi transferida. A vereadora foi autuada em flagrante por falsa comunicação de sequestro, fraude e formação de quadrilha.

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Segundo o delegado do Tigre, a vereadora deve prestar depoimento sobre o caso depois que se recuperar. "Ela já está autuada. Mas, antes de ser ouvida, deve passar por atendimento", disse Cartaxo. De acordo com ele, Ana Maria já está presa, de modo temporário, e sob escolta policial no hospital.

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O falso sequestro foi planejado pela vereadora, pelo assessor dela, Idalécio Valverde da Silva, e por familiares dele, Adalto e Suzicleia Valverde. Os três, além da parlamentar, já tiveram a prisão temporária decretada e estão detidos. Um quinto participante, identificado como Reginaldo da Silva Nascimento, está foragido. Os quatro também vão responder por falsa comunicação de sequestro, fraude e formação de quadrilha.

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Cartaxo explicou que o assessor da vereadora ficou responsável por sabotar o carro dela antes de Ana Maria usá-lo para ir à Câmara Municipal. A sabotagem foi necessária por que a parlamentar estava com a mãe no veículo. Após a pane, Reginaldo da Silva abordou a parlamentar e colocou em prática o falso sequestro.


Segundo o delegado, ainda não há informações sobre o local onde a vereadora ficou entre a noite de terça e o final da tarde desta quarta-feira. Ele também contou que, quando estava 'sequestrada', a vereadora usou o celular de Adalto, irmão do assessor Idalécio, para ligar ao próprio filho comunicar o crime, mas garantir que estava bem.


O delegado do Tigre destacou que a vereadora forjou o próprio sequestro para não participar da eleição da Mesa Diretora da Câmara de Ponta Grossa. "Por interesses pessoais, ainda não revelados, ela decidiu por não votar e, por isso, planejou todo o crime", complementou. Luiz Alberto Cartaxo não descartou a possibilidade da participação de outros agentes públicos no caso. "A possibilidade surgirá caso a investigação avance neste sentido. Dependendo das informações, certamente que isso será trazido ao conhecimento de todos", disse.

(Atualizado às 20h27)


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