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Vivian Feijó

Superintendente fala de árdua jornada de trabalho no HU de Londrina em 2021

Lúcio Flávio Moura/Especial para a Folha de Londrina
31 dez 2021 às 09:25

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- Gustavo Carneiro/Grupo FOLHA
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Vivian Biazon El Reda Feijó, comandante do maior hospital do interior paranaense, passou o último réveillon isolada em um quarto, com medo de morrer em decorrência da Covid-19. 


Os poucos fogos que espocavam naquela celebração contida foram ouvidos por uma mulher acamada e uma família apreensiva. 

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Com redução do volume de plasma no sangue (hipovolemia), muita fraqueza e dores no corpo, a enfermeira experiente por pouco não foi internada. 

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Ficou 17 dias em casa, um respiro inoportuno num triênio intenso, com jornadas de até 16 horas diárias e sem férias. 

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Era um prenúncio de que 2021 não seria um ano igual aos outros, ainda que 2020 já tenha parecido um pesadelo daqueles para quem é da área médica. 


“O ano passado (2020) foi a subida da montanha-russa”, compara a doutora em Enfermagem pela UEL (Universidade Estadual de Londrina) e pesquisadora de gestão de serviços de saúde e processos de trabalho.

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“Este ano, foi a descida”, conclui a perfeita metáfora, na qual o brinquedo assustador se desloca em um trilho de memórias trágicas, com altas doses de adrenalina, medo, angústia, tristeza, mas também de redenção.


Relembre: 'Estamos angustiados, estamos apreensivos', diz diretora do HU de Londrina. Feijó fez apelo em depoimento na sessão da Câmara Municipal de Londrina.

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As reflexões do confinamento e a vitória sobre o vírus, pondera, a deixaram mais forte para prosseguir. E realmente era preciso. 


A volta à rotina coincidiu com uma escalada que parecia não ter fim. A pandemia avançava e o HU (Hospital Universitário) se tornou o centro das atenções no Norte do Estado em março e abril, quando chegou a abrigar um pico de 158 pacientes em estado grave simultaneamente e até 20 óbitos em 24 horas. 

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Neste fim de ano, é possível mensurar melhor o peso daqueles dias letais. Em 2020, o município registrou 436 mortos e 21.454 casos. Este ano, até terça-feira (21), o acumulado já havia atingido 2.321 mortos e 88.998 infectados.


Não há estatísticas de quantas decisões Vivian tomou naqueles dias, mas em nenhuma delas havia margem para erro ou hesitação. 

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As janelas abertas do escritório ventilavam o ambiente ao mesmo tempo que deixavam audível o choro dos familiares em luto no pátio: era preciso se esforçar ainda mais.  


O comando exigia preparo e firmeza mesmo quando, na correria dos afazeres, uma imagem chocante chegava em seu whatsapp.

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Foi deste modo que ela soube que uma fila com oito ambulâncias trazia mais pacientes para um Pronto Socorro já colapsado.


“Os gestores estavam angustiados, principalmente com a possibilidade de faltar oxigênio”. O temor não se concretizou nos leitos, mas os torpedos de gás usados nos deslocamentos internos dos pacientes foram insuficientes e sem nenhuma possibilidade de compra devido a escassez no mercado. “Para ser atenuado, este problema exigiu muita organização da equipe e capacidade de reinvenção dos processos”, resume.


Continue lendo na Folha de Londrina.

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